Se quiserem continuar a viver no Reino Unidos, os cidadãos europeus terão que pedir uma autorização de residência permanente. O governo britânico prometeu um sistema fácil para quem quiser permanecer no país.
Os cidadãos europeus que quiserem continuar a viver no Reino Unido depois do Brexit vão ter de passar por um processo “curto, simples e amigo do utilizador”, anunciou o governo britânico.
Dessa forma, cada cidadão europeu que queira permanecer no Reino Unido terá que pagar 65 libras (R$ 325), ou metade caso seja criança. Segundo o Diário de Notícias, espera-se que de 3,2 a 3,8 milhões de europeus submetam o pedido, que será feito online ou através de um aplicativo.
Os cidadãos que vivam há mais de cinco anos em território britânico, vão manter os mesmos direitos. O mesmo se aplica aos familiares próximos.
De acordo com a RTP, aqueles que não cumprem o requisito dos cinco anos, receberão um visto de pré-residência e, a partir daí, podem morar mais cinco anos no país, altura em que deverão requerer a residência permanente.
“Com esse esquema, estamos cumprindo o nosso compromisso de garantir os direitos dos cidadãos da União Europeia que já estão no país, e que contribuem de muitas maneiras, trabalhando, estudando ou por outros motivos”, disse o ministro do Interior, Sajid Javid.
Já Sadiq Khan, prefeito de Londres, criticou o fato de os requerentes terem que pagar a quantia de 65 libras. “É decepcionante que o governo não tenha usado esta oportunidade para dar uma demonstração de boa vontade aos cidadãos da União Europeia ao fazer deste um processo livre de encargos aos residentes no nosso país”, disse.
Ainda assim, o procedimento será “o mais simples possível” e espera-se que esteja totalmente operacional até o final de março de 2019. O sistema, que estará disponível online ou através de um aplicativo, irá pedir aos cidadãos que provem sua residência no Reino Unido, sua identidade e que não tenham registro criminal grave.
Apesar de as negociações para o acordo do Brexit ainda não estarem concluídas, o governo britânico afirmou que está tendo em conta o acordo preliminar, alcançado em dezembro do ano passado, no qual Londres e Bruxelas delinearam um acordo para garantir que, depois do Brexit, os cidadãos europeus que residem no Reino Unido fossem preservados.
Ciberia // ZAP