Um estudo do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), norte de Portugal, concluiu que as mães que fumam agravam o risco de pressão arterial alta nos filhos, sendo este efeito logo visível aos quatro anos de idade.
Os autores do estudo, publicado na revista Nicotine & Tobacco Research, defendem que as mulheres devem deixar de fumar antes de engravidarem, destacando que a pressão arterial sistólica alta está associada ao risco de doenças cardiovasculares.
A pesquisa envolveu 4.295 crianças nascidas em cinco maternidades da Área Metropolitana do Porto, pertencentes à Geração 21 (projeto de pesquisa que acompanha mais oito mil crianças da cidade do Porto, desde o nascimento).
O estudo examinou a associação entre o tabagismo materno (antes e durante a gravidez e quatro anos após o parto) e a pressão arterial das crianças, tendo sido avaliadas ao nascimento e aos quatro anos. Observou-se que os filhos de mães que fumavam apresentavam níveis de pressão arterial sistólica mais elevados.
Os resultados mostram que os filhos das mães que fumaram apresentam um percentual de pressão arterial sistólica superior e que mais de 22% já têm, aos quatro anos, uma pressão arterial sistólica considerada elevada.
// ZAP