Frente Brasil Popular lança plano emergencial para sair da crise e pede por Diretas Já

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O evento ocorreu no Teatro da Pontifícia Universidade Católica (Tuca)

A Frente Brasil Popular fez um ato na noite de ontem (29) em defesa das eleições diretas e para lançar o Plano Popular de Emergência, que contém propostas para o enfrentamento da crise econômica, política e social.

Entre as medidas do plano estão a antecipação das eleições presidenciais para 2017, aprovação da reforma política e revogação das leis do teto de gastos e da terceirização. O evento ocorreu no Teatro da Pontifícia Universidade Católica (Tuca), na capital paulista.

“As entidades que fazem parte da Frente acreditam que a sociedade deve participar desse momento e discutir qual o rumo que o Brasil deve seguir”, divulgou a Frente, que é formada por mais de 60 organizações e defende “a retomada das conquistas democráticas, do Estado Democrático de Direito, do desenvolvimento, crescimento, soberania nacional e justiça social”.

O ex-ministro da Ciência e Tecnologia e cientista político Roberto Amaral discursou no ato e destacou alguns pontos do plano.

“O eixo do nosso programa é a democracia, porque a democracia é o regime que interessa ao povo. Por isso a democracia frequentemente [é] vilipendiada, fraturada e agredida pelas classes dominantes. O objetivo do nosso programa é o desenvolvimento econômico com distribuição de renda, porque esse é o regime que interessa ao povo trabalhador”, disse.

O membro da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, disse que o objetivo da Frente não é convencer candidatos a adotar o plano, mas convencer o povo de sua importância. “Se o povo se convencer do programa alternativo, é esse povo que vai fazer o candidato se comprometer com ele”, disse.

Segundo a Frente, o plano de emergência tem o objetivo de contribuir com o debate e apresentar uma saída emergencial, elaborado em torno de dez eixos: democratização do Estado; política de desenvolvimento, emprego e renda; reforma agrária e agricultura familiar; reforma tributária; direitos sociais e trabalhistas; direito à saúde, à educação, à cultura, à moradia; segurança pública; direitos humanos e cidadania; defesa do meio ambiente; e política externa soberana.

“Trata-se de implementar um projeto nacional de desenvolvimento que vise a fortalecer a economia nacional, o desenvolvimento autônomo e soberano, enfrentar a desigualdade de renda, de fortuna e de patrimônio como veios fundamentais para a reconstrução da economia brasileira, para a recomposição do mercado interno de massas, da indústria nacional, da saúde financeira do Estado e da soberania nacional, um modelo social baseado no bem-estar e na democracia”, diz o documento.

Ciberia // Agência Brasil

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