A polícia italiana desmantelou uma central que espionava instituições públicas, especialistas e empresários do país, além de políticos, como o ex-primeiro-ministro Matteo Renzi.
Além de Matteo Renzi, outros políticos que estavam na mira das espionagens seriam Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, o também ex-premier Mario Monti, o ex-ministro Ignazio La Russa e o ex-prefeito de Turim, Piero Fassino.
Computadores da Câmara dos Deputados, do Senado e até do cardeal Gianfranco Ravasi, que desde 2007 preside o Pontifício Conselho para a Cultura, também teriam sido atacados.
De acordo com as autoridades que conduziram a operação, sob comando da Promotoria de Roma, a central recolhia há anos dados e informações sigilosas das personalidades italianas.
A operação deflagrada hoje (10) prendeu duas pessoas, sendo um engenheiro nuclear, Giulio Occhionero, de 45 anos, e sua irmã, Francesca Maria, ambos residentes em Londres, mas com domicílio em Roma e conhecidos do setor financeiro da capital italiana.
Eles estão sendo acusados de apropriação de informações de segurança do estado, acesso abusivo ao sistema informático, com agravante de interceptação ilícita de comunicações.
De acordo com o Centro Nacional Anticrime Informático da Itália, a dupla gerenciava uma rede botnet infectada com um malware – um software destinado a se infiltrar em um computador de forma ilícita para causar algum dano ou roubo de informações – que lhes permitia recolher as informações sigilosas.