Na Alemanha, o impasse já durava quatro meses, mas ao fim de uma noite de negociações, Angela Merkel e Martin Schulz chegaram, nesta quarta-feira (7) a um acordo para formar governo.
A CDU, de Angela Merkel, e o SPD, de Martin Schulz, chegaram nesta manhã a um consenso, 48 horas depois do previsto. Segundo o jornal alemão Spiegel Online, como resultado das negociações, os sociais-democratas, ou seja, o partido de Martin Schulz, fica com a pasta das Finanças.
As negociações foram prolongadas por dois dias devido à necessidade de afinar arestas para ultrapassar as divergências entre os conservadores e os sociais-democratas, em particular no que dizia respeito a duas exigências do SPD: um prazo não vinculativo para contratos de trabalho e um alinhamento do seguro de saúde privado e estatutário, informa o Expresso.
Para este governo alemão avançar, segue-se a consulta às bases sociais-democratas. Isso significa que um total de 463.723 sociais-democratas terão de se pronunciar sobre a sua vontade de sustentar, ou não, uma nova coligação governamental para a próxima legislatura de quatro anos.
Contra a coligação está a juventude do SPD, que tem feito uma campanha feroz, liderada por Kevin Kühnert, líder da juventude social-democrata.
Os opositores da coligação veem-se, além disso, fortalecidos pelos número de novos inscritos no partido, já que, desde o início do ano, o SPD conta com mais 24.339 filiações.
O resultado da consulta às bases sociais-democratas deverá ser anunciado dentro de três a quatro semanas, sendo esperado um resultado para o início de março.
A notícia também já foi confirmada por um tuíte da dirigente da CDU de Colonia, Serap Guler, no qual se lê que “a União e o SPD concordaram em uma coligação. Os bons resultados precisam de tempo”.
Ciberia // ZAP