O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um aumento de 40% no valor do salário mínimo, das pensões e dos salários de funcionários públicos. Este é o sétimo aumento do ano.
A medida foi uma nova tentativa para neutralizar a explosão de preços em uma economia com hiperinflação como a venezuelana.
“Anuncio o aumento de 40% do salário mínimo nacional e de todas as tabelas salariais em nível nacional, de professores, professoras, militares, policiais, médicos, médicas, funcionários públicos”, disse Maduro neste domingo (31) durante discurso de fim de ano.
Maduro decretou também aumento de quase o dobro do bônus de alimentação conhecido como “cestaticket“. O objetivo foi garantir “a proteção do direito à alimentação do povo”, explicou. Com o somatório do salário e do cestaticket, os trabalhadores vão receber pelo menos 797.510 bolívares, cerca de R$ 787 segundo a taxa de câmbio oficial.
Já no câmbio paralelo, o que se aplica em todas as transações que não envolvam o Estado na Venezuela, este investimento mínimo integral fica em pouco menos de R$ 23.
Com o aumento, a pensão, somada ao chamado “bônus de guerra econômica”, o instrumento com o qual o chavismo tenta atenuar os efeitos de uma crise que ele atribui aos “especuladores” internos e aos EUA, os aposentados receberão por mês 347.914 bolívares, cerca de R$ 343 segundo o câmbio oficial.
A medida foi recebida com críticas por vários economistas.
“É chover no molhado, mas também é preciso dizer isto sempre: uma política de aumento de salário mínimo unilateral partindo do Executivo e em ausência de uma política para reduzir a inflação só agrava o problema”, escreveu no Twitter Asdrúbal Oliveros, diretor da empresa de consultoria Ecoanalítica.
// Agência Brasil / EFE