O crescimento global das florestas nos últimos 35 anos mais do que compensou a perda global de árvores, de acordo com observações feitas com satélites.
Há um consenso cada vez maior nos últimos anos de que o número total de árvores tem diminuído graças ao ser humano. No entanto, uma nova pesquisa, cujo artigo científico foi publicado recentemente na Nature, descobriu que, afinal, o número de árvores tem aumentado.
Para estudar as mudanças globais na cobertura arbórea, os pesquisadores analisaram dados de radiômetros de alta resolução a bordo de 16 satélites meteorológicos, de 1982 a 2016. Ao comparar as leituras diárias, os cientistas observaram tanto pequenas mudanças que ocorreram regularmente como grandes mudanças.
Assim, os cientistas descobriram que a nova cobertura arbórea compensou a perda da cobertura arbórea em aproximadamente 2,24 milhões de quilômetros quadrados que, segundo os cientistas, corresponde a aproximadamente o tamanho do Texas e do Alasca juntos.
De acordo com a Europa Press, a maior parte da cobertura de árvores se deu em lugares que eram estéreis, como os desertos, as tundras, as montanhas, as cidades e outros lugares sem vegetação.
Além disso, grande parte desse novo crescimento foi impulsionado pelos esforços de reflorestamento dos seres humanos e devido ao aquecimento global, isto porque as temperaturas se tornaram mais quentes, permitindo florestas em áreas de tundra.
Os pesquisadores adiantam que os cálculos demonstraram que as atividades humanas causaram, aproximadamente, 60% do novo crescimento global de árvores.
Além disso, os autores do estudo sugerem que a técnica de monitoração poderia ser muito útil para prever as mudanças na cobertura arbórea no futuro, alterações causadas pelo aquecimento global.
Ciberia // ZAP