Morto em 1965, aos 39 anos, em Nova York, o ativista negro norte-americano Malcolm X não teve, até hoje, o assassinato totalmente esclarecido.
Contudo, o surgimento recente de uma carta aponta para uma possível conspiração entre o FBI e a polícia de Nova York contra a vida do ferrenho defensor dos direitos civis da comunidade negra estadunidense.
A atual hipótese mais aceita sobre a origem das balas que mataram o líder negro é a de que elas partiram de três fundamentalistas islâmicos.
O que diz a carta?
Escrita por Raymond Wood, ex-oficial da Polícia de Nova York, a carta denuncia supostas prisões arbitrárias de homens que cuidavam da segurança de Malcolm X dias antes da morte do ativista.
Segundo o documento, o ex-policial teria confessado, no próprio leito de morte, que havia recebido instruções de superiores para prender guardas responsáveis por manter Malcolm seguro.
Ainda de acordo com a carta, Wood teria recebido ordens de seus chefes para influenciar alguns guardas da equipe de Malcolm X a cometerem crimes poucos dias antes do assassinato.
Assim, esses seguranças foram levados à custodia, longe da ação que resultou na morte de um dos maiores representantes do movimento negro norte-americano, durante um discurso no Audubon Ballroom, em 21 de fevereiro de 1965.
Wood afirma que, se aqueles homens não tivessem sido presos, eles estariam cuidando da segurança das portas por onde os assassinos de Malcolm X entraram armados.
Conforme a confissão redigida pelo ex-oficial, esses acontecimentos foram parte de um plano organizado cuidadosamente pelo FBI e pelo departamento de polícia de Nova York para dar fim à vida do ativista muçulmano.
Resposta da família de Malcolm X
Devido ao surgimento da nova evidência, a família de Malcolm X exigiu que toda a investigação sobre o assassinato fosse retomada e reexaminada.
O pedido foi reforçado pelo advogado de direitos civis Ben Crump, que está representando as filhas de Malcolm e liderando a acusação.
Por outro lado, também existem relatos de que o próprio líder negro teria reduzido a segurança durante suas palestras e discursos nos dias que antecederam o assassinato.
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