A partícula foi encontrada acidentalmente durante um voo para verificar as condições atmosféricas.
Cientistas norte-americanos encontraram nos céus do Alasca uma partícula “altamente rara” enriquecida com urânio. A origem do componente, normalmente usado em combustíveis nucleares e bombas, ainda não pôde ser descoberta.
A misteriosa substância, que “contém uma quantidade muito pequena de urânio enriquecido”, foi encontrada a uma altitude de sete quilômetros, de acordo com um relatório, cujo resumo foi publicado no dia 13 de fevereiro no Journal of Environmental Radioactivity. O estudo completo só estará pronto em abril, segundo a RT.
Essa é a primeira vez que a equipe de cientistas detecta urânio-235 enriquecido em um estudo que já dura 20 anos. A equipe encontrou o material radioativo durante um voo de rotina para verificar as condições atmosféricas da zona, em agosto de 2016.
“Durante 20 anos de recolha aérea de milhões de partículas na atmosfera global, raramente encontramos uma partícula com um conteúdo tão alto de urânio-238 e nunca uma partícula com urânio-235 enriquecido”, explica o artigo.
Acredita-se que o elemento radioativo não tenha um impacto significativo na atmosfera, especialmente tendo em conta que estava sozinha e tinha um tamanho pequeno: 580 nanômetros.
Os cientistas tentam agora descobrir a origem da rara partícula. No momento, está claro que ela “definitivamente não provém de uma fonte natural”, assinala Dan Murphy, um dos autores do estudo, citado pelo site Gizmodo.
Ciberia // ZAP