Basi, o panda gigante mais velho do mundo que vivia em cativeiro e estrela do zoológico de Fuzhou, no sudeste da China, morreu aos 37 anos, o que equivale a mais de 100 anos humanos, informou nesta quinta-feira (14) a agência estatal de notícias Xinhua.
O diretor do centro de Pesquisa de Pandas do Estreito de Fuzhou, Chen Yucun, explicou que Basi, que era fêmea, morreu por múltiplas doenças que o afetavam desde em junho, entre elas cirrose e problemas renais.
“O corpo será exposto no Museu de Basi, que está sendo construído para que as pessoas lembrem sempre e compartilhem o espírito do desenvolvimento em harmonia entre os essências humanas e a natureza”, afirmou Chen.
Trata-se da ursa mais famosa do país, já que em 1990 foi o protótipo para o mascote dos Jogos Asiáticos realizados em Pequim.
Basi nasceu em liberdade em 1980, mas aos quatro anos foi resgatada por residentes após sofrer uma queda em um rio gelado na província de Sichuan, sudoeste da China, e posteriormente foi transferida ao centro de Fuzhou.
Em agosto, o Livro Guinness confirmou que era como a panda mais velha do mundo vivendo em cativeiro, já que os ursos panda que vivem em seu hábitat natural têm uma vida média de 15 anos.
O urso panda gigante só vive em estado selvagem no centro-oeste da China, sobretudo nas zonas montanhosas das províncias de Sichuan, Shaanxi e Gansu.
Além do baixo nível de reprodução natural desta espécie, a redução das florestas de bambu nas zonas nas quais habita, que causou o isolamento de distintas populações, e com isso a endogamia, é um dos principais fatores que complicam a sobrevivência desta espécie.
Cerca de 2 mil pandas gigantes vivem em liberdade no oeste da China, enquanto 400 estão em cativeiro por todo o mundo.
Em setembro de 2016, a União Internacional para a Conservação da Natureza retirou as pandas gigantes da lista de espécies em perigo de extinção para catalogá-los como uma espécie “vulnerável”.
Ciberia // EFE