A Embaixada do Equador em Londres, ameaça retirar o estatuto de asilo político a Julian Assange, o cofundador da WikiLeaks, caso ele não cumpra uma série de requisitos, entre os quais cuidar melhor do seu gato e limpar o banheiro.
As condições estão expostas em um memorando da Embaixada do Equador que foi divulgado pelo site de investigação equatoriano Codigo Vidrio.
O ultimato a Assange é reportado também pela BBC, que destaca: a embaixada alerta o cofundador da WikiLeaks para que “cuide melhor” do gato que vive com ele nas instalações diplomáticas em Londres, caso contrário, “será entregue a um abrigo”.
O memorando refere a importância de zelar pelo “bem-estar, alimentação, asseio e cuidado adequado” do animal, como destaca também o jornal The Guardian.
Conhecido como “O Gato da Embaixada” e por usar uma coleira com uma gravata vermelha e branca, o animal, que foi um presente dos filhos de Assange, é já uma celebridade, sendo muitas vezes fotografado nas janelas do edifício diplomático.
O memorando da Embaixada equatoriana também apela a Assange e aos seus convidados para “manterem o banheiro limpo”.
O cofundador da WikiLeaks deve ainda solicitar aprovação para as visitas que pretende receber três dias antes da data prevista para o efeito, estando ainda proibido de realizar atividades que possam ser “consideradas como políticas ou que interfiram em assuntos internos de outros Estados”.
A embaixada também avisa que vai deixar de pagar a alimentação, cuidados médicos, lavandaria e outros custos relacionados com a estada de Assange, a partir de 1º de dezembro de 2018.
Além disso, Assange deve realizar revisões médicas trimestrais pagas por ele próprio.
O não cumprimento das exigências “pode levar à terminação do asilo diplomático concedido pelo Estado do Equador”, alerta a embaixada. Caso cumpra as condições impostas, poderia não só continuar vivendo na embaixada, como teria também a internet restabelecida.
O Equador cortou a internet de Assange em março, alegando que o cofundador da WikiLeaks não cumpriu “o compromisso escrito” que assumiu com o governo equatoriano em 2017 porque estava obrigado “a não emitir mensagens que supusessem uma ingerência em relação a outros Estados“.
O advogado de Assange, Carlos Poveda, já veio criticar a postura da diplomacia equatoriana, notando que está impondo “virtualmente um regime de prisão” que “vai contra a sua dignidade humana básica como asilado”, conforme cita o The Guardian.
Assange está exilado na Embaixada do Equador desde 2012, depois de procurar refúgio para evitar a extradição para a Suécia, onde era alvo de uma acusação de abuso sexual e violação. Essa investigação foi suspensa em 2017, mas Assange teme agora ser extraditado para os EUA, devido à publicação de informação confidencial na WikiLeaks, em 2010.
Ciberia // ZAP
Vida boooooaaa. não faz nada e tem casa, comida, coidados medicos e até um animal de estimação