O cineasta Bernardo Bertolucci, relevante figura da cinematografia italiana da segunda metade do século XX, com obras como “Último Tango em Paris”, “1900” e “O Último Imperador” morreu em Roma aos 77 anos, informou a imprensa italiana.
Poeta, produtor, roteirista e diretor era considerado o último “grande mestre” do cinema italiano ao produzir grandes obras-primas como “O Último Imperador”, com a qual ganhou o Oscar em 1987.
Bernardo Bertolucci nasceu no dia 16 de março de 1940 em Parma, Itália, filho de um poeta e de uma professora, tendo estudado Literatura Moderna na Universidade de Roma.
Em 1961, participou como assistente de realização do filme “Accatone”, de Pier Paolo Pasolini, poeta que pertencia ao círculo de amigos do pai. No ano seguinte, dirigiu seu primeiro longa-metragem, “La Commare Secca”, e dois anos depois dirigiu “Prima della rivoluzione”.
A seguir dirigiu o conto de Jorge Luís Borges “La Strategia del Ragno” (1970) e, ainda nesse ano, “Il Conformista”, baseado na obra de Alberto Moravia. Em 1972 dirigiu “Último Tango em Paris”, filme que causou polêmica por todo o mundo devido às cenas de sexo, com Marlon Brando e Maria Schneider como protagonistas.
Com o “Último Tango em Paris”, Bertolucci foi indicado para o Oscar de Melhor Realizador.
Em 1976, dirigiu o épico “1900”, que contava com um elenco de luxo com nomes como Robert de Niro, Gérad Dépardieu, Donald Sutherland, Burt Lancaster, Sterling Hayden e Dominique Sanda.
Em 1987, dirigiu “O Último Imperador”, que foi um sucesso mundial, tendo sido premiado com nove Oscar, entre os quais o de Melhor Filme e Melhor Diretor. Mais tarde, voltou ao cinema com “Um Chá no Deserto”, “O Pequeno Buda” (1993), “Beleza Roubada” (1996) e “Assédio” (1998).