O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, Arthur César de Menezes Soares Filho (conhecido como “Rei Arthur”) e Carlos Arthur Nuzman pela suspeita de compra de votos na escolha do Rio como sede olímpica em 2016.
Foram denunciados também o braço direito de Nuzman, Leonardo Gryner, e os senegalezes Lamine Diack e seu filho, Papa Massata Diack.
De acordo com o portal de notícias da Globo, Lamine, integrante do Comitê Olímpico Internacional (COI), teria vendido o voto dele e negociado a venda ilegal com outros membros africanos do comitê. Seu filho, Papa, teria ajudado Nuzman no negócio e recebido o dinheiro.
O ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) está preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, Zona Norte da cidade, desde 5 de outubro.
Apesar de a defesa negar as acusações, Nuzman teve a prisão preventiva decretada por intermediar o pagamento de propinas para que o Rio fosse escolhido sede das Olimpíadas de 2016.
Segundo o G1, que cita o MPF, o pedido de prisão foi decretado porque houve uma tentativa de ocultação de bens no último mês, após a polícia ter cumprido um mandado de busca na residência de Nuzmnn no mês passado.
Entre os bens ocultados, há valores em espécie e 16 quilos de ouro que estariam em um cofre na Suíça.
Os procuradores do MPF afirmam ainda que Nuzman utilizou dinheiro da Rio 2016 para pagar o escritório de Nélio Machado, seu advogado. Em e-mail enviado no dia 25 de setembro deste ano — após ter sido levado para prestar depoimento — Nuzman afirma que a Diretoria Estatutária do Comitê Rio 2016 determinou aprovação do contrato de prestação de serviço com o escritório de advocacia, no valor de R$ 5,5 milhões.
O advogado Nélio Machado disse que já tinha atendido a Rio 2016 no ano passado e que sua atuação junto ao Comitê não tem qualquer irregularidade. Segundo o próprio advogado, ele foi contratado para atuar na defesa da Rio 2016 e o contrato incluía defender, se necessário, integrantes do conselho gestor, entre eles Carlos Arthur Nuzman.
Ciberia // G1