Ao observar a dificuldade de amigas lésbicas em conseguir emprego, algumas ativistas decidiram criar, nas redes sociais, o grupo Indique uma Sapa, para ajudar essas mulheres a conseguir vagas no mercado de trabalho e também para oferecer serviços das profissionais liberais, como psicólogas, enfermeiras, cozinheiras e muitas outras.
Assim foi se construindo uma rede de solidariedade entre as mulheres lésbicas, através de uma iniciativa que está mudando para melhor a vida de muitas pessoas. Hoje são mais de 1.300 mulheres cadastradas no grupo do Facebook e no site Sapa Roxa, um coletivo de mulheres feministas lésbicas, que participa e contribui com o grupo.
“Quem fica sabendo de uma vaga de emprego posta no grupo e quem está precisando fica sabendo ali. Essa comunicação também resultou em parcerias entre produtoras que trabalham com festas e trabalhadoras que fazem comida, salgados e doces para vender, por exemplo”, conta a publicitária Ana Claudino, uma da organizadoras do grupo Indique uma Sapa.
Criado em abril desse ano, o grupo na internet também funciona como uma “rede de afeto”, explica Ana Claudino.
“Percebemos que muitas dessas mulheres sofrem perseguição no ambiente de trabalho devido a sua orientação sexual. A situação piora no caso das lésbicas negras, que sofrem duplo preconceito. Então, o diálogo, a aproximação e a troca de informação funcionam como rede de afeto e suporte psicológico”, destaca.