Em 1º de dezembro de 2016, havia 259 jornalistas na prisão por atividades relacionadas à profissão. O número é o recorde desde 1990, quando o Comitê para a Proteção dos Jornalistas começou a realizar o levantamento.
O principal motivo para a alta inédita no número de prisões em 2016 é a onda de detenções na Turquia. Pelo menos 81 jornalistas estão presos no país, todos acusados de agir contra o Estado turco.
O volume de prisões aumentou na Turquia nos últimos meses, após uma tentativa frustrada de golpe de Estado contra o presidente Recep Erdogan. Outras dezenas de jornalistas estão presos, mas o CPJ não conseguiu comprovar a ligação direta com da detenção com a atividade profissional.
Abaixo da Turquia no ranking de países com maior número de jornalistas encarcerados estão China (38 detidos), Egito (25), Eritreia (17) e Etiópia (15).
BRASIL
Segundo o levantamento do CPJ, não há nenhum jornalista preso no Brasil por atividades relacionadas à profissão.
Em 31 de outubro deste ano, o jornalista Aguirre Talento foi condenado pela Justiça Federal baiana a 6 meses e 6 dias de prisão em regime aberto por difamação ao empresário André Luiz Duarte Teixeira. Após recurso da defesa, o jornalista foi absolvido.
Em junho, o repórter Matheus Chaparini, do Jornal Já, foi preso em Porto Alegre enquanto cobria uma manifestação de estudantes. Ele permaneceu detido por 14 horas e foi liberado.
Se por 1 lado, o Brasil não tem atualmente profissionais presos em decorrência de sua atuação, por outro, o país é um dos líderes no ranking de impunidade relacionada a assassinatos de jornalistas. Em levantamento do CPJ sobre o tema, o Brasil é o 5º país com mais casos sem solução pela Justiça, com 9 assassinatos impunes.
// Fala RN