A multimilionária franquia de “Star Wars” apresentouem Pasadena, na Califórnia, “Han Solo: Uma História Star Wars”, a segunda produção do seu universo derivado, desta vez com uma imersão na juventude do personagem título que permite conhecer a origem de sua personalidade complicada, canalha e astuta.
“Antes da filmagem fui falar com Harrison Ford, queria mostrar-lhe meu respeito e ter sua bênção”, afirmou neste sábado Alden Ehrenreich, o ator encarregado de encarnar o jovem Solo, que não hesita em recriar com grande fidelidade alguns dos gestos e maneirismos mais reconhecíveis do célebre contrabandista.
“Harrison viu o filme e adorou“, acrescentou entre risos o ator, que foi à apresentação do filme no Centro de Convenções de Pasadena junto com Emilia Clarke, Donald Glover, Woody Harrelson, Thandie Newton, Phoebe Waller-Bridge, Paul Bettany e o diretor do filme, Ron Howard.
“Fiz muitos filmes na vida, mas o fervor que há por ‘Star Wars’ é algo inigualável. É uma sensação parecida com a que tive rodando o documentário sobre os Beatles. Sabia que não podia estragá-lo! São obras que os fãs levam muito a sério”, declarou Howard, que substituiu Phil Lord e Christopher Miller, despedidos a direção do longa pela Lucasfilm.
Lord e Miller foram dispensados após terem trabalhado no filme durante quatro meses e meio. A dupla teve “diferenças criativas” com Lawrence Kasdan, roteirista do filme junto com seu filho, Jonathan.
“Quando me incorporei, o mais importante estava feito, que era ter o roteiro e o elenco pronto. Sou uma pessoa que ama colaborar com os demais. O segredo aqui era ver como os outros personagens impactam na forma de ser de Han. Aqui conseguimos compreender por que se comporta como faz no futuro“, disse Howard.
O filme, que estreia no Brasil no próximo dia 24, começa com um golpe executado por Han e Qi’ra (Clarke), mas o casal não consegue concluir sua fuga e se veem separados à força.
Anos depois, Han, tentando mostrar seu valor como piloto, voltará a reencontrar-se com sua amada, embora a personalidade da jovem tenha mudado após fazer parte de uma rede de criminosos.
Nessa viagem, Han conhecerá seu futuro copiloto, Chewbacca, e o caçador de recompensas Lando Calrissian, com quem forja uma turbulenta amizade.
“Han é um personagem que sempre amei”, destacou Lawrence Kasdan. “É temerário, cínico, não confia em ninguém e é um pouco estúpido, algo que me encanta. Faz e diz coisas que não deveria, mas é parte do seu charme. E aqui lhe apresentamos dentro de um grupo onde cada um quer algo concretamente”, acrescentou o roteirista.
“Dentro dele há um grande conflito: os seus ideais e os seus desejos estão em guerra permanentemente”, completou.
Thandie Newton, que interpreta uma ladra no filme, disse que “os personagens desta franquia têm um carisma especial” e elogiou a candura com a qual são construídos os personagens mais infantis.
“É o material do qual estão feitos os sonhos”, comentou a britânica, que se emocionou lembrando como um dos seus filhos deu um abraço em um dos robôs que aparecem no filme.
O filme é a segunda produção derivada do universo de “Star Wars” depois de “Rogue One”, lançada em 2016. A franquia, uma máquina de fazer dinheiro para a Disney, seguirá de vento em popa com o nono episódio da saga principal, previsto para estrear em 2019.
Além disso, Rian Johnson, diretor e roteirista de “Star Wars: Os Últimos Jedi”, será responsável por uma nova trilogia isolada da saga dos Skywalker e apostará em novos personagens.
David Benioff e D.B. Weiss, criadores da série “Game of Thrones”, também escreverão uma série de filmes independentes da saga Skywalker. E, como se fosse pouco, Jon Favreau se encarregará de escrever a primeira série de TV em live action baseada em personagens clássicos da saga.
// EFE