Os militantes do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E) votaram, nesta quinta-feira (11) pela internet, a favor de um governo de unidade liderado pelo economista e ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi.
Dos cerca de 120.000 afiliados com direito ao voto do M5E, 74.537 votaram através da plataforma do partido, dos quais 44.177 foram a favor, o que corresponde a 59,3%, informou o grupo.
A maior força do Parlamento italiano decidiu apoiar o governo de Draghi, que conta com o apoio de quase todos os partidos políticos, exceto da extrema direita do Irmãos da Itália.
A votação pela internet começou às 6h e terminou às 14h (horário de Brasília). Os antissistema, que surgiram contra “a casta” e seus privilégios, representada para alguns ativistas pelo ex-presidente do BCE, lançaram a votação após receberem o compromisso de Draghi de criar um ministério para a Transformação Ecológica, questão prioritária para o M5E.
“Voto sim, porque não há maioria sem nós. Voto sim, porque devemos defender o que construímos para a Itália”, escreveu o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, entre os líderes do movimento, em sua página do Facebook.
O presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, outro líder do M5E, também se pronunciou a favor do governo liderado por Draghi, assim como o fundador do movimento, Beppe Grillo, entre os protagonistas desta crise.
Apoio
Mario Draghi alcança um apoio quase unânime, coletado durante esta semana, para formar um governo de “unidade”, que inclui desde o Partido Democrático (centro-esquerda) até o A Liga de Matteo Salvini (extrema direita) e o partido de direita moderada Força Itália de Silvio Berlusconi, além dos antissistema.
“O apoio do M5E é crucial no Parlamento (…) para não depender de Salvini”, explicou Federico Santi, especialista do Eurasia Group.
Draghi já começou a trabalhar em seu gabinete de ministros e na próxima semana deve se submeter à confiança do Parlamento. Entre suas principais prioridades estão a aceleração da campanha de vacinação contra a Covid-19 e a execução do plano gigantesco de reconstrução do país, financiado pela União Europeia com um valor de € 200 bilhões.
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// RFI