Na semana passada, 50 membros do parlamento francês passaram a noite ao relento, com o objetivo de sensibilizar os franceses para a situação dos moradores de rua durante a frente fria que assola o país.
Há algumas semanas, a Europa enfrenta uma forte frente fria vinda da Sibéria. De modo a alertar para o crescente número de pessoas em situação de sem-abrigo, 50 membros do parlamento francês da região da Ile-de-France passaram a noite ao relento.
“É insuportável ver pessoas vivendo e a dormindo na rua. Não podemos permitir que isso aconteça. Queremos que isso acabe. Para fazer isso, exigimos a aquisição de edifícios vazios”, disse Mama Sy, assessora do chefe de administração municipal de Etampes.
“Isso não é sobre o erro de um ou outro funcionário – todos nós falhamos e devemos acabar com essa situação desumana”, referiu ainda a responsável pela iniciativa apelidada de #NinguémFora, em entrevista ao Le Parisien.
Pelo menos 13 pessoas em situação de rua morreram em Etampes desde o início do ano, número que agora deverá rondar as duas dezenas.
Apesar de alta, a contagem é incompleta dado que algumas organizações apenas incluem os moradores de rua que morreram em hospitais ou em atendimentos de emergência. Por isso, o número real deverá ser muito superior.
Os políticos procuram, dessa forma, sensibilizar e conscientizar a população francesa para o problema, através de declarações pronunciadas ou por meio de ações públicas.
Em setembro de 2017, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou: “nenhum homem deve permanecer nas ruas até o final do ano”. O objetivo ainda não foi cumprido.