A recém-fundada empresa norte-americana Netcome garante poder preservar cérebros usando um novo método – muito efetivo, mas 100% mortal.
A Netcome, fundada pelos alunos graduados do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), assegura ter elaborado um método para conservar completamente o cérebro humano, incluindo seus detalhes microscópicos.
A empresa oferece às pessoas a oportunidade de preservar digitalmente suas lembranças para sempre. A única condição é que os clientes primeiramente devem morrer. “Nossa missão é preservar seu cérebro de modo suficientemente intacto para manter todas as suas lembranças”, diz comunicado no site oficial da empresa.
A Nectome acredita que dentro dos próximos 100 anos os especialistas serão capazes de “recriar nossa consciência“. Para atingir tal resultado, primeiramente é necessário conservar o cérebro, usando uma técnica que consiste em injetar substâncias químicas especiais no órgão para depois congelá-lo em temperaturas muito baixas.
Mas vale destacar que nesse processo o fator mais importante é que o cérebro deva permanecer vivo no momento do embalsamento. No entanto, o serviço é “100% fatal”, adverte o cofundador Robert McIntyre, citado pela MIT Technology Review.
O método proposto pela Nectome garante a imortalização de todos os momentos que temos na memória, ou seja, desde “um grande capítulo de nosso livro favorito, sensação de frio invernal, fritar um pastel ou a cena com nossos amigos e parentes”.
Robert McIntyre, cujo grupo científico recentemente realizou com sucesso a criogenia do cérebro de um coelho, destacou que a Nectome inicialmente se focará em fornecer seus serviços a pacientes terminais.
De acordo com o empresário, aproximadamente 25 pessoas já estão na lista de espera e já pagaram, cada um, o depósito de US$ 10 mil (R$ 32,7 mil) pelo serviço. Aparentemente, a imortalidade (ou algo parecido) continua com grande procura.
Ciberia // Sputnik News / MIT Technology Review