Nellie Baldwin, a dona da antiga casa da família Turpin, revelou pormenores sobre a moradia onde viva a família Turpin, no Texas. A primeira Casa dos Horrores “tinha fezes esmagadas nas paredes” e “lixo por todo o lado”.
Antes de se mudarem para a Califórnia, a família Turpin viveu em uma casa em Rio Vista, no Texas (EUA), até 2011. A casa foi comprada por Nellie Baldwin, de 78 anos.
O banco não deixou Nellie Baldwin visitar a moradia sem que assinasse um termo de responsabilidade: o banco não se responsabilizaria se ela ou algum familiar se sentisse mal dentro da casa. Nellie já tinha comprado outras casas em mau estado, por isso estava longe de imaginar o cenário que encontraria.
Em entrevista à CNN, explicou que o que encontrou era “nojento” e que “parecia ser inabitável”. Apesar de o banco ter feito uma limpeza no exterior, o interior da moradia continuava degradante. “Tinha fezes esmagadas nas paredes. Na sala de estar e em todos os quartos havia um odor terrível. Havia lixo por todo o lado”, descreveu.
“Nunca imaginei nada do gênero. É de partir o coração”, lamentou. Nellie sempre se questionou sobre o que teria acontecido à família que vivia naquelas condições com que se deparou em abril de 2011. Há cerca de duas semanas, descobriu.
“Fico doente em pensar que as pessoas viviam daquela maneira. Que tantas crianças viveram em condições tão precárias durante 12 anos e ninguém sabia disso”, disse Nellie. A primeira Casa dos Horrores pertencia a David e Louise Turpin, o casal da Califórnia acusado de torturar e manter acorrentados às camas os 13 filhos.
O casal Turpin foi detido na sequência de um telefonema da filha, de 17 anos, que teria conseguido fugir da residência. A adolescente ligou para o número de emergência dos EUA (911) de um celular que encontrou na casa.
David e Louise Turpin foram formalmente acusados de 38 crimes, entre os quais tortura, maus tratos, negligência e detenção ilegal, arriscando uma pena de prisão que pode ir até 94 anos, se forem condenados. O valor da fiança é de 13 milhões de dólares para cada um dos pais.
O início do julgamento está marcado para o próximo dia 23 de fevereiro.
Ciberia // ZAP