O entusiastas do retorno da economia para a normalidade defendem suas opiniões geralmente com base no fato da maioria dos pacientes exibirem sintomas leves ou sequer ter qualquer sintoma de coronavírus, comparando negligentemente o Covid-19 com uma “gripezinha“.
No entanto um estudo com cem pacientes do Hospital Universitário de Frankfurt que se recuperaram do Covid-19 mostrou que 78 deles apresentam problemas no coração duradouros mesmo que a maioria tenha exibido sintomas leves da infecção.
O novo estudo foi publicado recentemente na revista científica JAMA Cardiology, com pacientes que tiveram Covid-19 entre abril e junho de 2020, detalhando as conclusões alcançadas através de exames de ressonância magnética no coração de cem voluntários que se recuperaram do Covid-19. Do total, 28% precisou respirar oxigênio puro durante a infeção e 2% necessitou de respiradores artificiais.
O estudo foi controlado comparando os ex-pacientes de Covid-19 com voluntários saudáveis da mesma idade.
Apesar disso 78 pacientes exibiram anomalias cardiovasculares depois de recuperados da infecção com 60% exibindo “inflamação contínua do miocárdio”, afirma a pesquisa. Esses problemas parecem não ter relação com a severidade do Covid-19 ou problemas prévios de saúde.
Outro aspecto a se observar é que 67% dos pacientes haviam se recuperado em casa enquanto apenas 33 precisaram de hospitalização. Ainda assim mais de 3/4 ainda sofrem sintomas cardiovasculares.
Portanto, mesmo que a taxa de mortalidade da doença fosse considerada baixa, contrair coronavírus poderá ter consequências devastadoras de longo prazo para a saúde da grande maioria das pessoas que passam pela infecção.
Os pesquisadores afirmaram que os efeitos de longo prazo do Covid-19 precisam de mais investigações.
// HypeScience