O democrata Joe Biden foi eleito o próximo presidente dos EUA e, diferentemente do atual governo, a administração que começará em 2021 terá o combate científico à Covid-19 e aos efeitos da pandemia como foco central.
Não por acaso, uma das primeiras medidas da equipe de transição foi o estabelecimento de um conselho consultivo para o combate ao novo coronavírus, formado por cientistas e especialistas em saúde pública – e dele faz parta a brasileira Luciana Borio.
A cientista brasileira é pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores dos EUA, e foi diretora de preparação médica e de biodefesa do Conselho de Segurança Nacional do país. Borio já também trabalhou como cientista-chefe interina da Food and Drug Administration, órgão fiscalizador sanitário do país – uma espécie de Anvisa dos EUA.
Em comunicado, o presidente eleito anunciou que irá “Lidar com a pandemia do coronavírus é uma das batalhas mais importantes que nosso governo enfrentará, e serei guiado pela ciência e por especialistas”.
Borio vive no país desde o fim da década de 1980 e, enquanto trabalhava como assessora da Casa Branca chegou a alertar, em maio de 2018, a possibilidade de uma pandemia de gripe como a maior ameaça sanitária por vir no país.
A afirmação se deu em uma palestra sobre os 100 anos da gripe espanhola, quando a cientista afirmou que o país não estaria pronto para lidar com tal problema – foi justo nesse mês que Trump decidiu por fechar o departamento que era chefiado pela brasileira, que seria responsável por responder a uma nova pandemia.
Antes Borio trabalhou como diretora do escritório de contraterrorismo e de ameaças emergentes e comissária assistente para política de contraterrorismo do Conselho de Segurança Nacional do país.
Segundo o comunicado de Biden, a ideia é que o conselho possa trabalhar no da abordagem do governo sobre o problema da pandemia em suas variadas camadas a partir de 20 de janeiro de 2021, quando o novo presidente assumirá o cargo.
O trabalho, portanto, irá se dar junto com o presidente eleito, com a vice-presidente, Kamala Harris, e com a equipe de transição a fim de ajudar a “gerenciar o aumento nas infecções relatadas; garantir que as vacinas sejam seguras, eficazes e distribuídas de forma eficiente, equitativa e gratuita; e proteger as populações em risco”. A liderança do conselho ficou a cargo dos copresidentes David Kessler, Vivek Murthy e Marcella Nunez-Smith.
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