Na Romênia, o referendo destinado a proibir o casamento gay não ultrapassou a barreira dos 30% de votos para ser validado.
O referendo, que decorreu no fim de semana na Romênia, destinado a proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, fracassou devido à baixa participação, por não ter sido ultrapassada a barreira dos 30% de votos para ser validado, segundo os dados oficiais.
Após dois dias de votação, e segundo os números do Gabinete Eleitoral Central, participaram apenas cerca de 20,41% dos 19 milhões de cidadãos convocados às urnas, muito abaixo dos 30% necessários para validar uma consulta que foi apoiada pelo Partido Social-Democrata (PSD, no poder) e pela Igreja Ortodoxa.
A consulta procurava impor uma emenda constitucional para que o casamento não fosse definido, como até agora, como a união entre duas pessoas, mas entre um homem e uma mulher, com o objetivo de vetar uma futura legalização dos casamentos homossexuais.
O referendo, aprovado pela câmara baixa do Parlamento no dia 12 de setembro, resultou de uma “iniciativa cidadã” de várias associações próximas da Igreja Ortodoxa, que afirmam terem recolhido 3 milhões de assinaturas.
Os opositores da lei consideravam que essa nova linguagem constitucional é uma tentativa mesquinha de fazer as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT) se sentirem ainda mais cidadãos de segunda classe.
Para a associação Accept, que defende os direitos das minorias sexuais, com o seu voto, “o parlamento romeno faz da homofobia um valor de Estado e sacrifica a proteção constitucional de várias famílias”.
Ciberia, Lusa // ZAP