O Departamento de Defesa dos EUA foi obrigado a corrigir vários erros geográficos em um relatório sobre o posicionamento nuclear, onde atribuía à Rússia e à China territórios disputados e assumia a Península da Coreia como parte exclusiva da Coreia do Norte.
A primeira versão deste documento, intitulado “Avaliação da Postura Nuclear 2018”, foi entretanto retificada, conforme avança a CNN, notando que apresentava “vários erros”.
Entre as lacunas detectadas, em um mapa do primeiro relatório, está o fato de Taiwan surgir como parte integrante do território da China e de as Ilhas Curilas ou Curilhas serem atribuídas à Rússia.
A Rússia e o Japão disputam a soberania sobre as Curilas, que foram anexadas pelos russos no fim da Segunda Guerra Mundial, e a China reclama Taiwan que existe como estado independente desde 1950.
Mas um esboço inicial do relatório apresentava ainda mais erros, detectados por vários membros da Federação de Cientistas Americanos, conforme destaca a CNN. Incluía, por exemplo, um gráfico em que a bandeira norte-coreana surgia cobrindo toda a área da Península da Coreia, sobrepondo-se assim à rival Coreia do Sul.
“Embora seja um erro ingênuo, aumentará o atrito com os aliados asiáticos“, revela o especialista nuclear Adam Mount, da Federação de Cientistas Americanos, que está entre os que detectaram os erros.
“Depois de um ano em que o presidente Donald Trump insultou e antagonizou a Coreia do Sul, é apenas mais lenha na fogueira“, refere Mount, constatando que o caso deve ter “levado a uma ligação muito estranha com os aliados asiáticos”.
O relatório reforça a importância de manter o controle sobre as armas nucleares e foca os esforços dos EUA, nesta área, para dissuadir a Rússia de prosseguir a aposta no desenvolvimento nuclear.
“A Rússia considera os EUA e a Organização do Tratado do Norte Atlântico (Otan) como sendo as principais ameaças às suas ambições geopolíticas”, é lido no documento citado pela CNN.
Ciberia // ZAP