Depois da polêmica do caso ocorrido há nove anos, em que a norte-americana Kathryn Mayorga alega ter sido estuprada por Cristiano Ronaldo, foi divulgado o suposto acordo assinado entre Cristiano Ronaldo e a denunciante, para que ela não levasse o jogador à Justiça por violação.
O documento surge numa altura em que se noticia que a polícia perdeu provas do caso e quando foi publicado um vídeo que mostra Ronaldo e a norte-americana dançando, antes de o atacante tê-a supostamente violado.
O caso de estuproo que envolve Cristiano Ronaldo continua fazendo notícia por todo o mundo e agora, a revista alemã Der Spiegel divulgou o documento que atesta o acordo assinado entre o atacante da Juventus e Kathryn Mayorga, a americana que o acusa.
Assinado no dia 12 de Janeiro de 2010, ou seja, cerca de sete meses depois da suposta violação em um quarto de hotel em Las Vegas, no acordo de confidencialidade, Ronaldo se compromete a pagar 375 mil dólares à atual professora em troca de seu silêncio.
O documento identifica Kathryn Mayorga como “senhora P” e Ronaldo como “senhor D” e salienta que a primeira “deve retirar qualquer acusação criminal” contra o segundo, atestando ainda que “as partes concordam em uma não-depreciação mútua” entre elas.
Além disso, o documento frisa que a “senhora P” deverá comprovar que “destruiu ou eliminou permanentemente qualquer acordo e outros materiais eletrônicos ou escritos, gerados ou recebidos, como resultado dos alegados eventos, exceto para revelar a provedores de cuidados de saúde” informações sobre sua “condição e lesões”, mas “sem nunca divulgar a identidade do senhor D”.
O texto também refere que as partes concordam que a “senhora P” escreverá uma carta ao “senhor D” que, “como condição para o acordo”, deve ser lida pelo seu advogado da época, Osório de Castro.
O advogado de Kathryn Mayorga, Leslie Stovall, alega que a carta não foi lida a Ronaldo, o que constitui um dos argumentos apresentados para a quebra do acordo de confidencialidade assinado.
Advogado quer ouvir antigas namoradas de Ronaldo
Leslie Stovall revelou, entretanto, em coletiva de imprensa citada pela Der Spiegel, que a polícia de Las Vegas perdeu provas do caso de violação, designadamente as calcinhas e o vestido que Kathryn Mayorga usava na noite do suposto estupro e que teriam sido anexadas ao processo judicial.
Entretanto, Stovall refere que está à procura de uma mulher que, em 2005, também acusou Ronaldo de violação, quando ele ainda jogava no Manchester United, na Inglaterra. Esse processo foi arquivado por falta de provas.
O advogado de Kathryn Mayorga garantiu, igualmente, que irá apresentar novos dados importantes sobre o caso, durante esta semana.
Stovall frisou que, como parte do processo de defesa, sua equipe pretende falar com antigas namoradas do jogador, como a modelo russa Irina Shayk e a atriz britânica Gemma Atkinson, além das socialites Kim Kardashian e Paris Hilton, que teriam tido casos amorosos com Ronaldo.
Os depoimentos de antigas namoradas podem ser importantes para apurar a “conduta” de Ronaldo, para ajudar a “construir uma imagem” do seu “comportamento”, explica Stovall.
O advogado também admite que a investigação sobre o caso pode vir a ter a intervenção do FBI e de policiais ingleses e portugueses.
Para alimentar as discussões do caso nas redes sociais, onde as opiniões se dividem quanto à culpa de Ronaldo, foi divulgado um vídeo que mostra o jogador dançando com Kathryn Mayorga em um clube noturno de Las Vegas, na noite da suposta violação.
Ciberia // ZAP