O Rio de Janeiro é uma das cidades cartão-postal do Brasil e já foi palco de diversos eventos importantes. Recentemente, a capital fluminense recebeu um título relacionado à arquitetura e que trará novos desafios para o país no quesito de urbanismo e sustentabilidade.
A cidade foi eleita pela UNESCO – agência especial da ONU – como a capital mundial da arquitetura. É a primeira vez que o título é dado a uma cidade, sendo que a candidatura oficial aconteceu em 2014, em uma disputa com outros lugares, como Melbourne, na Austrália e Paris, na França.
O reconhecimento dado pela Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura é feito em parceria com a União Internacional de Arquitetos (UIA). O Rio foi escolhido por abrigar grande carga cultural e ecológica relacionadas ao nosso país, além de ser uma mescla entre construções antigas e modernas.
Mas o intuito não é apenas celebrar as boas coisas. Sendo a terceira maior cidade da América Latina, o Rio de Janeiro é um bom exemplo de crescente urbanização, que apresenta desafios de moradia e de mobilidade. Outra questão que deve ser discutida é a respeito da relação entre os moradores e os espaços públicos.
Em 2020, o Rio sediará o Congresso Mundial de Arquitetos, preparando-se para receber cerca de 25 mil arquitetos e urbanistas de todo mundo para discutir temas como planejamento urbano, meio-ambiente, cultura, mobilidade, acessibilidade e obras públicas.
“Queremos demonstrar como os arquitetos e a arquitetura podem nos ajudar a lutar com os sérios problemas do meio ambiente e das necessidades humanas em todo o mundo”, declarou Thomas Vonier, presidente da UIA.
Além do congresso em si, devem acontecer outros eventos como fóruns e manifestações artísticas ligados ao tema proposto pelo Rio em sua candidatura, que é “Todos os mundos. Um só mundo”.
Todas as atividades também terão conexão com um dos 17 objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Trata-se do objetivo número 11, de promover iniciativas para cidades e comunidades sustentáveis e resilientes.
Algo que foi levado em consideração na escolha do Rio de Janeiro como capital mundial da arquitetura foi como a cidade se desenvolveu em meio à natureza, entre o mar e os morros.
Também foi de grande peso todos os lugares icônicos que a cidade abriga, como o Sambódromo, os Arcos da Lapa, o Museu do Amanhã, Teatro Municipal, Paço Imperial, Palácio Capanema, entre outros.