Depois que os Estados Unidos lançaram no Afeganistão a bomba GBU-43, a mais potente do arsenal não-nuclear americano, conhecida como “mãe de todas as bombas”, os meios de comunicação russos lembraram nesta sexta-feira (14) que Moscou guarda em seus arsenais o “pai”, um projétil quatro vezes mais potente.
A FOAB, ou o “pai de todas as bombas”, se encontra nos arsenais da força aérea russa e, após ser desenvolvida no início dos anos 2000, foi testada com sucesso em 2007.
Os EUA lançaram a “mãe de todas as bombas” esta quinta-feira contra o EI no Afeganistão, em um bombardeio na província oriental de Nangarhar com um projétil GBU-43 MOAB, que acabou com uma estratégica base da organização terrorista e a vida de pelo menos 36 de seus membros, segundo o governo afegão.
Embora tudo o que rodeie a arma russa seja informação confidencial, se sabe que se trata de uma bomba termobárica, conhecida na Rússia como Bomba Aérea de Vácuo de Potência Aumentada (AVBPM).
As bombas termobáricas como a MOAB e a FOAB são diferentes das convencionais porque explodem no ar, combinando seu explosivo com oxigênio para aumentar o raio da explosão. São desenhadas para vaporizar seus alvos e colapsar estruturas com poderosas ondas de choque, sem contaminar a atmosfera como as bombas nucleares.
A FOAB, lembra a agência Sputnik News, foi lançada de um bombardeiro estratégico SU-160, e arrasou por completo um bloco de apartamentos, com um poder destrutivo nunca visto antes em uma bomba que não fosse nuclear.
Também a mídia norte-americana lembrou que a Rússia possui uma arma mais poderosa do que a “Mãe de Todas as Bombas” norte-americana. “Aqui está o Pai de Todas as Bombas: a resposta da Rússia à MOAB”, diz o Business Insider.
A FOAB é uma bomba de um peso mais leve que a GBU-43/B, mas com uma potência de explosão quatro vezes maior que o projétil americano, equivalente a 44 toneladas de TNT, devido ao amplo emprego que faz das últimas novidades em nanotecnologia.
Devido ao caráter confidencial deste armamento, não se conhece nem o fabricante, nem a quantidade de bombas produzidas.
“Os resultados dos testes do projétil demonstram que sua eficiência e capacidade se assemelham à de uma ogiva nuclear“, disse em 2007 o chefe de pessoal adjunto das forças armadas russas, general Alexander Rukshin.
“Ao mesmo tempo – quero insistir nisto -, não tem nenhum efeito contaminante para o meio ambiente, diferente do que acontece com as armas atômicas”, acrescentou Rukshin.
A bomba está principalmente destinada a liquidar complexos de cavernas e túneis subterrâneos utilizados como esconderijo por grupos terroristas. Para descrever o poder destrutivo da bomba, Rushkin detalhou que “todo ser vivo é literalmente vaporizado”.
A Mãe de Todas as Bombas dos Estados Unidos e o Pai de Todas as Bombas da Rússia parecem ser mesmo poderosas, mas os usuários do Twitter já entraram na corrida armamentista – e alguns também apresentam argumentos de peso, como é o caso de Nanda, que apresentou ao mundo a Sogra de Todas as Bombas.
Ciberia // rede GNI