Os Estados Unidos lançaram nesta quinta-feira (13) no Afeganistão sua bomba não nuclear mais potente contra cavernas sob o controle do grupo radical Estado Islâmico. Segundo o Pentágono, essa é a primeira vez que esse tipo de armamento é usado.
O Pentágano confirmou hoje (13) ter lançado sobre instalações terroristas no território do Afeganistão uma bomba não nuclear classificada como “a mais potente disponível em seu arsenal militar”.
O artefato é conhecido como o “a mãe de todas as bombas”. A Casa Branca informou que o ataque, direcionado a estruturas usadas pelo Estado Islâmico (EI) na região, foi um “sucesso”.
A chamada MOAB GBU-43 tem 11 toneladas de explosivos e foi lançada por uma aeronave do Exército norte-americano em Achin, província de Nangarhar, próximo à fronteira paquistanesa.
De acordo com o Pentágono, o alvo eram cavernas e túneis utilizados pelo EI. De acordo com o general John Nicholson, em entrevista às redes CNN e Reuters, o ataque diminui a capacidade operativa do Estado Islâmico.
O presidente Donald Trump disse estar “muito orgulhoso do Exército do país”, e informou que deu total autorização para que o Pentágono prosseguisse com a operação.
A MOAB GBU-43 nunca havia sido utilizada, mas foi desenvolvida em 2003 na época da guerra do Iraque. O general John Nicholson informou que, à medida em que o Estado Islâmico vai sendo enfraquecido, o grupo tem usado bombas de fabricação caseira, muitas delas armazenadas nestas estruturas que o Pentágono atingiu com o ataque de hoje.
Esta é a segunda ação militar unilateral dos Estados Unidos em uma semana. Na sexta-feira passada, os Estados Unidos atacaram uma base na Síria, em reação ao ataque com armas químicas que provocou a morte de mais de 80 pessoas naquele país.
Quão poderosa é a ‘mãe de todas as bombas’
A MOAB é uma bomba de 9,8 toneladas, o que é equivalente à potência de 11 toneladas de TNT e a torna a arma mais poderosa depois das bombas de reação nuclear.
No entanto, está muito longe de causar o tipo de destruição provocado por bombas atômicas como a que os Estados Unidos jogaram na cidade japonesa de Hiroshima em 1945.
Ela foi testada pela primeira vez em 2003, na Flórida, enquanto os Estados Unidos realizavam operações no Iraque e no Afeganistão em decorrência dos ataques de 11 de setembro de 2001.
A bomba tem um comprimento de 9 metros e geralmente é carregada por um avião Hércules MC-130, que a libera com a ajuda de um paraquedas. O GPS serve de guia até o alvo.
A arma foi desenvolvida por Albert L. Weimorts Jr., do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA, e é “uma versão maior das armas usadas durante a Guerra do Vietnã”, afirma
A bomba tem um comprimento de nove metros e geralmente é carregada por um avião Hércules MC-130, que a libera com a ajuda de um paraquedas. O GPS serve de guia até o alvo.
A arma foi desenvolvida por Albert L. Weimorts Jr., do Laboratório de Pesquisa da Força Aérea dos EUA, e é “uma versão maior das armas usadas durante a Guerra do Vietnã”, diz Jonathan Marcus, repórter de defesa da BBC. “É uma arma enorme, guiada por GPS. Seu efeito principal é uma enorme explosão numa área imensa“, explica Marcus.
// Agência Brasil / BBC