A posição da Starbucks foi tomada depois de um episódio de racismo que aconteceu em um de seus estabelecimentos na Filadélfia, nos Estados Unidos.
Dois homens estavam sentados em uma loja Starbucks na Filadélfia (EUA), sem consumir. Os homens pediram para usar o banheiro, mas um funcionário negou o acesso, dizendo que o banheiro só estava disponível para clientes.
Segundo a BBC, os dois homens, negros, disseram que estavam à espera de um amigo antes de consumir, mas o gerente insistiu que deixassem a loja. Quando se recusaram, o gerente chamou a polícia.
Os dois homens foram levados, algemados por policiais e passaram oito horas sob custódia. Os vídeos do incidente se tornaram virais nas redes sociais. Nas imagens, os homens aparecem protestando e pedindo explicações à polícia para a detenção.
Não demorou até que a Starbucks fosse acusada de discriminação racial. Depois de pedir desculpas pelo ocorrido, a empresa anunciou o fechamento de todas as unidades nos Estados Unidos por uma tarde, para que os empregados recebam uma formação sobre preconceito.
Uma pessoa que estava na loja no momento da detenção dos homens filmou o incidente. “Por que chamaram as autoridades? Por estarem à minha espera? O que fizeram?”, questiona uma pessoa que, aparentemente, seria o amigo que os homens detidos disseram estar à espera.
No vídeo, é possível ver os homens sendo algemados, sem oferecer qualquer resistência. “Eles não fizeram nada”, disse uma cliente que assistia ao momento.
Mais tarde, o presidente da Starbucks, Kevin Johnson, disse que o vídeo é “difícil de ver”. Segundo Kevin, a conduta na loja foi “errada”. Em entrevista, Johnson afirmou depois que o gerente que chamou a polícia deixou de trabalhar para a empresa.
Contra práticas racistas
Para averiguar a situação, Kevin Johnson decidiu se dirigir à Filadélfia. Entre as medidas a tomar, está um curso de formação para todos os funcionários da Starbucks sobre o combate a práticas racistas.
“Apesar de isso não se limitar à Starbucks, estamos comprometidos em ser parte da solução. Fechar nossas lojas para um treinamento contra práticas racistas é só um passo num caminho que requer dedicação em todos os níveis da nossa empresa e dos sócios das nossas comunidades”, disse Johnson.
As 8 mil lojas e escritórios da empresa da cadeia de cafés norte-americana vão estar fechadas na tarde de 29 de maio, para que os cerca de 175 mil funcionários que trabalham nas lojas da Starbucks, assim como pessoas que estão sendo contratas, recebam o treinamento contra a discriminação.
Depois do episódio de Filadélfia, outro vídeo, publicado em janeiro está ganhando nova atenção. Nas imagens, Brandon Ward critica os funcionários da Starbucks por não permitirem que use o banheiro sem ter consumido.
No vídeo, Ward fala com um homem branco que sai do banheiro sem ter consumido. E questiona os funcionários por que ele não pode usar. “É pela cor da minha pele?”, pergunta, sem resposta.
Ciberia // ZAP
Mas se os dois fossem brancos, não contaria como racismo, só como desrespeito simples. O povo julga do jeito que quer, pensa do jeito que lhe convém. Claro que o funcionario errou, mas nada confirma que esse erro tenha ocorrido devido a cor de pele do sujeito. Pode ser que, se os dois fossem brancos, ele tivesse cometido o mesmo erro, deixando de lado a hipótese de racismo… mas ninguem quer pensar dessa forma. Todo mundo quer acreditar no racismo e é esse o maior motivo da existência dele.