A agenda do presidente Michel Temer foi alterada no meio da manhã de hoje (18). A agenda inicial previa reuniões com parlamentares do PSDB, PMDB, PP, DEM, PTB, PSD e PSB. Após o encontro que teve com o coordenador da bancada do Acre, senador Sérgio Petecão (PSD), os demais compromissos foram cancelados, por volta das 10h.
De acordo com o Palácio do Planalto, o presidente terá hoje despachos internos.
Na saída da reunião com Michel Temer, Petecão disse que o presidente estava tranquilo durante o encontro, e que falou muito em “conspiração”. “Essa foi a palavra que ele mais usou”, disse o senador.
“Ele falou várias vezes: ‘não vou cair, vou ficar firme, estou firme’. Pediu as fitas, os áudios, falou também que vai fazer pronunciamento em rede nacional. Falou que vai ver os vídeos e os áudios. Acredita que é uma conspiração. Nesse momento que o governo começa a dar sinais. Esse fato [as denúncias] prejudica o país. Todo mundo está preocupado”, acrescentou o senador.
Segundo ele, Temer deverá fazer ainda hoje um pronunciamento ao país. Ainda não se sabe o teor do pronunciamento, mas segundo o Brasil de Fato, a oposição pede a renúncia do presidente.
Terceiro pedido de impeachment em menos de 24 horas
A Rede Sustentabilidade protocolou, na manhã desta quinta-feira (18), o pedido de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) junto à Câmara Federal.
Com isso, o documento se soma a outros dois pedidos feitos na noite dessa quarta-feira (17), um deles de autoria do deputado Molon (Rede-RJ) e o outro do deputado João Henrique Caldas (PSB-AL).
Todos eles acusam o peemedebista de cometer crime de responsabilidade por conta da denúncia de que ele teria apoiado a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso por conta de envolvimento na operação Lava Jato.
“O ideal é que Temer renuncie à Presidência da República. Não podemos ficar à mercê de mais uma crise longa e de contornos imprevisíveis”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), durante o protocolo do pedido. Ele assina a peça juntamente com o porta-voz nacional da legenda, Zé Gustavo, e o advogado Danilo Morais dos Santos.
“Se o áudio for liberado, é o fim do governo Temer”
Os próprios assessores mais próximos do presidente Michel Temer avaliam que a situação ficará ainda mais grave quando o áudio da conversa dele com o empresário Joesley Batista vier à tona. Eles dizem que pode ser o ponto final do governo de Michel Temer.
E a divulgação das gravações pode estar cada vez mais próxima. De acordo com o G1, o ministro Edson Fachin homologou ainda há pouco a delação premiada dos proprietários da JBS. A homologação dá validade jurídica aos depoimentos.
Ciberia // Agência Brasil / Brasil de Fato / Rede GNI