Um muçulmano que cumpre uma pena de prisão perpétua nos EUA pelo seu papel no atentado de 1993 contra o World Trade Center apresentou uma denúncia em um tribunal por violação dos seus direitos religiosos.
A denúncia, que é julgada desde esta terça-feira (28) em um tribunal de Denver, foi feita contra funcionários prisionais por não serem servidas refeições compatíveis com suas crenças e por não ter sido facultado acesso a um imã (líder espiritual) da mesma denominação.
Ahmad Ajaj foi condenado em 1999 a mais de 114 anos de prisão pelo seu papel na explosão que ocorreu em uma garagem subterrânea em 26 de fevereiro de 1993, que matou seis pessoas, uma delas grávida, e causou ferimentos em mais mil.
Na ação judicial, Ajaj acusa os funcionários das prisões federais de não fornecerem alimentos que atendem à sua crença, de que todos os animais usados na alimentação devem ser criados e abatidos de acordo com a lei islâmica.
Na denúncia, ele também destaca que passou meses sem ser visitado por um imã contratado para aconselhar prisioneiros no estabelecimento prisional do Colorado.
Desde que se mudou para a prisão de Indiana, começou a participar de um programa baseado na fé, que inclui aulas regulares com um imã, mas o líder espiritual que trabalha com presos muçulmanos pertence a outra denominação da fé.
De acordo com os advogados de Ahmad Ajaj, a prisão de Indiana começou na semana passada a fornecer refeições que o terrorista considera aceitáveis.
Ciberia, Lusa // ZAP