O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou nesta quarta-feira (2), na rede social Twitter, mensagem criticando a política do ex-presidente Barack Obama de reassentar refugiados nos Estados Unidos.
Trump disse, na mensagem postada, que deve “estudar este negócio estúpido”, no qual a administração anterior concordou em aceitar 1.250 requerentes de asilo de centros de detenção administrados pela Austrália nas ilhas do Pacífico de Manus e Nauru. Metade dessas pessoas estão na costa australiana aguardando um destino e são dos sete países afetados pela proibição de viagens de Trump. A Austrália se recusa a aceitá-los.
Do you believe it? The Obama Administration agreed to take thousands of illegal immigrants from Australia. Why? I will study this dumb deal!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 2 de fevereiro de 2017
Em tradução livre: “Vocês acreditam nisso? A Administração Obama concordou em receber milhares de imigrantes ilegais da Austrália. Por quê? Vou estudar este negócio idiota!”
O presidente divulgou a mensagem após a imprensa norte-americana revelar que Donald Trump deixou o protocolo de lado e interrompeu subitamente uma conversa por telefone com o primeiro-ministro australiano Malcolm Turnbull no final de semana. A conversa, que estava prevista para durar uma hora, durou só 25 minutos, porque Trump ficou irritado com o posicionamento de Turnbull sobre a situação dos refugiados.
A acalorada discussão de Trump com Turnbull ocorreu no sábado (28), no mesmo dia em que teve conversas telefônicas com quatro outros líderes internacionais, inclusive o presidente russo Vladimir Putin. “Esta foi a pior chamada de longe”, disse Trump no momento em que encerrou a conversa, em uma referência aos outros telefonemas que teve com líderes mundiais, segundo o jornal The Washington Post e a emissora de televisão CNN.
A Austrália é um dos países mais próximos dos Estados Unidos em termos de amizade e cooperação.
Um dia antes da conversa, na sexta-feira (27), Trump determinou a suspensão da entrada de refugiados por 120 dias, além de suspender indefinidamente a entrada de refugiados sírios.