O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, desqualificou essa quarta-feira (11) as acusações do FBI de que a inteligência russa teria informações comprometedoras contra ele. No Twitter, Trump disse que as denúncias são “infundadas” e foram bancadas por adversários políticos.
A nova polêmica que envolve o relatório norte-americano sobre a interferência russa nas eleições surgiu depois que a imprensa local publicou, nessa terça-feira (10), entrevistas anônimas. Nelas, agentes do FBI (Polícia Federal norte-americana) afirmam que o governo da Rússia tem uma espécie de dossiê com informações comprometedoras sobre Donald Trump.
Os dados em mãos de agentes russos diriam respeito a escândalos envolvendo atividades sexuais do presidente eleito e poderiam ser usadas, segundo os agentes entrevistados, para chantagear Trump.
No Twitter, Donald Trump voltou a afirmar que o relatório e as supostas denúncias teriam sido fabricadas e pagas por seus adversários políticos.
O relatório de 35 páginas há muito tempo conhecido no meio político norte-americano, entre agentes de informação e também entre jornalistas, mas não tinha sido noticiado.
Os “jornalistas não podiam verificar os factos [que estavam no relatório] de forma independente”, justifica o New York Times, enquanto o Guardian argumenta que “não havia forma de os verificar de forma independente”.
O site de notícias BuzzFeed acabou por publicar o relatório na íntegra esta quarta-feira e abriu o debate sobre a responsabilidade jornalística que, entretanto, já chegou a outro ponto, o das implicações políticas.
O presidente eleito dará essa quarta-feira a primeira entrevista coletiva, um dia depois de o presidente Barack Obama ter feito o discurso de despedida.