Os europeus assumiram hoje a sua solidariedade para com a Procuradora geral do Tribunal penal internacional alvo de sanções americanas devido à investigação daquele órgão sobre supostos abusos do exército norte-americano no Afeganistão.
A dois meses da eleição presidencial nos Estados Unidos, a administração Trump implementou ontem a sua ameaça de impor sanções económicas inéditas à Procuradora do Tribunal penal internacional.
Washington, inscreveu na sua lista negra, a procuradora Fatou Bensouda e Phakiso Mochochoko, director de competência e coordenação da jurisdição com sede em Haia, Holanda.
O seus eventuais bens serão congelados nos Estados Unidos e não poderão ter acesso ao sistema financeiro americano.
“Hoje passamos da palavra aos actos”, declarou o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, argumentando, que o Tribunal penal internacional continua infelizmente a ter na sua linha de mira americanos. Uma referência a americanos no Afeganistão investigados pelo Tribunal penal Internacional.
E mais, Pompeo, sublinhou que “qualquer indivíduo ou entidade que continuará a assistir materialmente os dois magistrados serão igualmente passíveis de serem sancionados”.
Washington passa da palavra aos actos e Europa fica pela palavra
Tribunal reagiu condenando estas sanções “inaceitáveis” sem “precedentes.
A nível europeu, a União europeia, reagiu, através do seu porta-voz Peter Stano, dizendo estar contra este tipo de tentativas de coarctar o sistema internacional de justiça penal bloqueando uma das suas principais instituições.
Por seu lado, a Amnistia Internacional, condenou “um novo ataque vergonhoso contra a justiça internacional”
Enfm, a ONG, Human rights Watch, Observatório dos direitos humanos, denunciou estas medidas punitivas que constituem uma perversão escandalosa das sanções americanas, utilizadas contra aqueles que têm por funções julgar os crimes internacionais.
// RFI