A polícia israelense começou a interrogar nesta segunda-feira (2) o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, por ter supostamente recebido “presentes ilegais” de empresários, no âmbito de uma investigação que abalou o país.
Netanyahu e membros da sua família são suspeitos de receber presentes de homens de negócios no valor de сentenas de milhares de shekels. A polícia já interrogou testemunhas em Israel e no estrangeiro.
Entre as pessoas interrogadas figura Ronald Lauder, amigo próximo do premiê israelense, presidente do Congresso Judeu Mundial e membro da família da fundadora do grupo cosmético americano Estée Lauder.
Lauder foi interrogado no dia 30 de setembro quando viajou a Israel para acompanhar o enterro do ex-presidente Shimon Peres, e segundo foi divulgado pelo jornal israelense Haaretz, a conversa levou a um avanço sério na investigação.
Segundo os dados do jornal, Ronald Lauder confirmou ter dado diferentes presentes a Netanyahu e pago uma viagem do filho do político ao estrangeiro.
O próprio premiê nega as acusações, dizendo que estas “não levam a nada porque nada existe”. “O que eu disse, repito: não falarei nada porque não há nada”, disse o premiê, durante uma reunião de seu partido, o conservador Likud, no parlamento israelense.
Em sua página do Facebook, Netanyahu negou todos os fatos e acusou seus opositores políticos e alguns meios de comunicação de querer “fazê-lo cair não nas eleições, como prevê a democracia, mas com uma campanha contra ele”.
A imprensa do país também fala de um segundo caso, que pode abrir caminho a acusações mais graves de corrupção, mas não divulgou mais detalhes. Segundo a agência France Presse, os porta-vozes da polícia e do gabinete do primeiro-ministro se recusaram a confirmar ou desmentir essa informação.
O anterior primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, cumpre desde fevereiro de 2016 uma pena de 19 meses de prisão depois de ter aceitado subornos.
Ciberia // Sputnik News / RFI