No decorrer de um processo movido contra uma revista alemã, o advogado de Michael Schumacher nega especulações sobre a possível melhoria do estado de saúde do ex-piloto. A família exige uma indemnização por divulgação de informação falsa.
O advogado de Michael Schumacher, Felix Damm, afirmou essa segunda-feira que o ex-piloto alemão de Formula 1 infelizmente “não consegue andar”.
Segundo a Deutsche Welle, a declaração foi feita no Tribunal Regional de Hamburgo durante um processo movido pelos familiares do heptacampeão contra a revista alemã Bunte.
Em dezembro do ano passado, a revista publicou uma matéria na qual uma fonte afirmava, sob anonimato, que o ex-piloto estava recuperarando e conseguia andar com a ajuda de fisioterapeutas.
Na altura, Sabine Kehm, a porta-voz da família de Michael Schumacher, desmentiu categoricamente a reportagem.
Os familiares do ex-piloto avançaram agora para a Justiça, e apresentaram um processo contra a publicação, acusando-a de violação de privacidade.
“Schumacher não consegue andar“, confirmou Damm essa segunda-feira no tribunal.
Em entrevista ao jornal alemão Express, o advogado realçou que a afirmação da revista de que Schumacher conseguia dar alguns passos com ajuda de fisioterapeutas não é verdadeira.
Damm afirmou ainda que as informações sobre o estado de saúde do piloto são sigilosas e não dizem respeito ao público.
No processo, a família pede uma indemnização, que pode chegar aos 100 mil euros, por divulgação de informação falsa.
Os detalhes sobre o estado de saúde do piloto, depois de o heptacampeão mundial de Fórmula 1 ter sofrido graves ferimentos na cabeça, num acidente de esqui em dezembro de 2013, na estação de Meribel, na França, são mantidos em sigilo.
Esse sigilo tem levado a que nos últimos meses tenham corrido notícias contraditórias sobre o real estado de saúde de Schumacher.
Em fevereiro, Luca di Montezemolo, ex-presidente da Ferrari, lamentou o estado de saúde do ex-piloto, revelando que “infelizmente, não havia boas notícias sobre Schumacher“.
Em maio, o presidente da Federação Internacional de Automobilismo, Jean Todt, acrescentou que Schumacher tinha piorado drasticamente – e tinha a vida por um fio“.
“Só podemos desejar-lhe o melhor, a ele e à sua família”, desejou Todt, ex-director desportivo e CEO da Ferrari, “Michael está a lutar a maior batalha da sua vida“.
Mas em agosto, no que parecia um volteface na situação clínica do piloto, o mesmo Luca di Montezemolo garantiu que Michael Schumacher estava reagindo aos tratamentos e poderia recuperar.
“Sei quão forte ele é. Estou certo de que, graças à sua determinação, que é crucial, Michael vai sair desta situação muito, muito difícil”, disse o ex-presidente da Ferrari.