As baixas laborais devidas a uma incapacidade temporária por enfermidade aumentaram este ano em Espanha, tendo superado os 4,5 milhões de trabalhadores.
Este valor, divulgado num relatório da AMAT, associação mutualista de acidentes de trabalho, representa um aumento de 15% em relação aos números de absentismo registrados no país no ano passado.
O estudo, que considera o absentismo laboral como “a ausência ao trabalho quando estava prevista a presença”, independentemente da sua causa, estima que as baixas registradas representem um custo de cerca de 5,5 bilhões de euros (quase R$ 20 bilhões) por ano para a Segurança Social espanhola, e de 4,8 bilhões de euros (cerca de R$ 17 bilhões) para empresas.
Segundo o estudo, os valores de absentismo laboral dispararam nos últimos anos, em particular em relação ao valores registrados antes da crise econômica de 2008, e representou este ano para as seguradoras e mutualistas perdas de mais de 330 milhões de euros.
Segundo o jornal espanhol El Mundo, o absentismo em Espanha em 2016 foi o equivalente a que 880 mil empregados não tivessem ido trabalhar um único dia do ano.
O relatório da AMAT dá a conhecer as características mais comuns do absentismo laboral: por exemplo, que cerca de 68% das baixas laborais tem duração inferior a 16 dias, e que o absentismo é ligeiramente maior nas pessoas com menos de três anos de antiguidade na sua empresa.
Segundo o mesmo relatório, o absentismo não tem impacto apenas nas perdas financeiras para as empresas, podendo os custos indirectos – como por exemplo o do tempo gasto na substituição e formação dos ausentes – suplantar largamente os custos directos.
A causa mais frequente de absentismo laboral são as “dores na coluna vertebral” (13%), seguidas de muito perto por problemas de foro psiquiátrico como a ansiedade ou depressão (11%).
Em terceiro lugar, com 7% das ocorrências, surge a vulgar gripe como causa de ausência ao trabalho.
AJB // ZAP