Cientistas concluíram que a vida vegetal está crescendo no continente gelado da Antártida devido às alterações climáticas, revela um estudo publicado esta quinta-feira na revista Current Biology.
Há algumas semanas, uma equipe internacional de pesquisadores já tinha revelado que o Ártico está a ficar verde a uma velocidade alarmante (e descoberto a razão). No entanto, a Antártida não fica para atrás. O continente gelado também está ficando verde e a razão é basicamente a mesma.
Poucas plantas vivem na Antártida, mas os cientistas que estudam musgos detectaram um aumento significativo da atividade biológica no continente nos últimos 50 anos.
Para o estudo, a equipe de pesquisadores das universidades britânicas de Exeter e Cambridge analisou núcleos de bancos de musgo bem preservados na Antártida, em uma extensão de cerca de 643,73 quilômetros, e dados documentados dos últimos 150 anos.
Os cientistas estudaram em pormenor cinco núcleos de três locais, tendo concluído que houve alterações biológicas importantes na península antártica no último meio século.
Segundo um dos autores do estudo, Matt Amesbury, da Universidade de Exeter, o aumento da temperatura verificado na Antártida nos últimos 50 anos teve “um efeito dramático no crescimento dos bancos de musgo” no continente gelado.
Com a continuação do aumento das temperaturas, ainda que de forma moderada, e com o crescimento do degelo, a Antártida “será um lugar mais verde no futuro”, sustentou.
A equipe científica pretende, em uma nova investigação, recuar mais no tempo e avaliar até que ponto as alterações climáticas afetaram os ecossistemas na Antártida antes de a atividade humana provocar o aquecimento global.
// ZAP