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A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff
O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário determinou à presidência do Instituto Nacional do Seguro Social, a abertura de sindicância e procedimento administrativo disciplinar para apurar responsabilidades de servidores e outros envolvidos na concessão de aposentadoria à ex-presidente Dilma Rousseff logo após o impeachment.
A medida do secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Alberto Beltrame, é uma resposta à reportagem da revista Época segundo a qual a ex-presidente Dilma furou a fila para se aposentar.
Em nota divulgada hoje (1º), o ministério informou que os servidores mencionados serão afastados dos cargos para que não possam interferir das investigações e que solicitou o acompanhamento dos órgãos de controle para a verificação dos fatos mencionados pela reportagem e também eventual ilegalidade nas alterações cadastrais constatadas.
Além disso, dois funcionários em cargos de confiança citados pela revista serão exonerados dos cargos. A saída deles, indicados no governo anterior, será publicada no Diário Oficial da União da próxima terça-feira (4), de acordo com o ministério.
A reportagem da Época diz que o benefício da ex-presidente foi concedido sem passar pela “fila” nos sistemas da Previdência e que o cadastro de Dilma Rousseff foi alterado 16 vezes em dez horas por uma servidora da diretoria do INSS, dentro da sede do órgão.
Além disso, segundo a revista, servidores citados na matéria garantiram o atendimento do pedido de Dilma sem agendamento, por meio de uma mulher com uma procuração da ex-presidente que foi a uma agência do INSS em Brasília com o ex-ministro da Previdência, Carlos Gabas.
Defesa
Em nota, a assessoria de Dilma informou que não houve qualquer tipo de concessão ou tratamento privilegiado à ex-presidente, que todas as alterações feitas no cadastro tiveram como objetivo comprovar os vínculos empregatícios de Dilma ao longo dos últimos 40 anos como funcionária pública e que a auditoria do INSS poderá constatar que não houve quaisquer irregularidades.
“A regra para aposentadoria exige no mínimo 85 pontos para ser concedida à mulher, na soma da idade mais tempo de contribuição. Dilma Rousseff atingiu 108 pontos, pelo fato de ter contribuído por 40 anos como servidora pública e chegado aos 68 anos”, diz a nota.
A assessoria informou também que, diante disso, Dilma Rousseff decidiu aposentar-se e, por meio de procuração, recorreu a pessoa de sua confiança que foi a uma agência do INSS acompanhada pelo ex-ministro Carlos Gabas.
A íntegra da nota está disponível no Blog do Alvorada, mantido pela equipe da ex-presidente Dilma Rousseff.