Uma nova espécie de morcego que se alimenta de néctar foi descoberta inesperadamente no Brasil, em meio a uma pesquisa sobre o gênero Lonchophylla.
Durante o estudo, Ricardo Moratelli e Daniela Dias, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, notaram que alguns dos espécimes tinham pelo abdominal consideravelmente mais pálido, além de dados inconsistentes com as informações sobre L. mordax, a espécie com a qual o novo animal tinha sido anteriormente confundido.
Para sua surpresa, um olhar mais atento revelou que o morcego estudado era de fato uma espécie completamente diferente, até então desconhecida para a ciência.
O novo velho morcego
A nova espécie foi nomeada L. inexpectata, em homenagem ao elemento surpresa da descoberta.
Usando amostras de todos os representantes brasileiros atualmente reconhecidos do gênero Lonchophylla, os cientistas concluíram que o que tinham pensado ser uma mera variação de coloração é na verdade uma das características distintivas da nova espécie.
Outras incluem diferenças no crânio e na morfologia dos dentes.
O “novo” morcego tinha sido identificado erroneamente como L. mordax por mais de um século.
O estudo foi publicado na revista científica ZooKeys.