O nome de Mark Asay deve entrar para a História por ser o primeiro homem branco executado por matar um negro e um hispânico na Flórida. O supremacista branco foi executado com uma injeção experimental.
Mark Asay tinha sido condenado por dois homicídios motivados por ódio racial há 30 anos. Ele foi executado nesta quinta-feira (24) com uma injeção letal experimental. Mas essa não é a única novidade no caso. O supremacista branco foi o primeiro a ser condenado e executado na Flórida por crimes motivados pelo racismo e ódio racial.
Desde 1976, ano em que o estado norte-americano voltou a aplicar a pena de morte, 20 homens negros foram executados por assassinar vítimas brancas, de acordo com o Centro de Informações da Pena de Morte.
O etomidato foi a droga utilizada nesta injeção letal. Trata-se de um anestésico nunca utilizado antes para execuções nos EUA e que pretende substituir o midazolam, um fármaco que tem sido deixado de lado por suspeitas de causar sofrimento desnecessário aos condenados.
Segundo o jornal português Observador, os Estados Unidos entraram num debate sobre as drogas usadas nas execuções, quando veio a público a informação de que várias execuções estavam a causar sofrimento desnecessário.
Em tempos, a cadeira elétrica foi o meio mais utilizado para levar a cabo as execuções, mas tem sido substituída pela injeção letal, que o governo acredita ser a opção mais humana e ética possível.
Os estados do Alabama, Flórida, Carolina do Sul, Kentucky, Tennessee e Virgínia ainda permitem o uso da cadeira elétrica. No Arizona, Califórnia, Mississípi, Missouri, Oklahoma e Wyoming ainda aplicam penas de morte em câmaras de gás.
E em Delaware, New Hampshire e Washington, o enforcamento também é uma opção. Apesar de permanecerem viáveis, a injeção letal é o método mais aplicado em todos os estados onde a pena de morte ainda é legal.
No caso de Asay, foi aplicado um coquetel de etomidato, rocurônio e acetato de potássio. O supremacista apresentava tatuagens ligadas a gangues de supremacistas brancos, como o grupo KKK, e símbolos racistas.
O homem de 53 anos foi condenado em 1987 por dois homicídios levados a cabo em Jacksonville. As provas apresentadas pelos procuradores confirmaram que o supremacista matou Robert Lee Booker, um homem negro de 34 anos, e Robert McDowell, hispânico de 26 anos, a tiros na mesma noite.
Asay teria contratado McDowell para prostituição nessa noite – um homem que se vestia de mulher – e o matou a tiros quando percebeu que se tratava de um homem.
Após vários comentários racistas, encontrou Booker e o matou da mesma forma. Até o fim, Asay negou ter matado Booker, mas admitiu ter sido o responsável pela morte de McDowell.
O jornal inglês Mirror afirma que o duplo homicida demorou onze minutos a morrer com a nova injeção.
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