O Hubble detetou recentemente umas esferas gigantes de plasma fundido que viajam a uma velocidade impressionante, a 1.200 anos luz do nosso planeta.
As enormes esferas gasosas têm o dobro do tamanho de Marte, temperaturas quase duas vezes mais altas que a superfície do Sol e se movem a 850 mil quilômetros por hora.
A descoberta feita pelo telescópio espacial da NASA serviu de base a um estudo agora publicado no Astrophysical Journal.
Durante mais de uma década, os cientistas utilizaram este telescópio para observar o comportamento de uma estrela de carbono em extinção, apelidada de V Hydrae.
Contudo, acabaram por descobrir também estes “mísseis espaciais” que, além de terem duas vezes o tamanho de Marte, alcançam temperaturas quase duas vezes mais altas que a superfície do Sol.
Além disso, essas esferas conseguem se mover a uma velocidade de 850 mil quilômetros por hora, o que se pode traduzir numa viagem entre a Terra e a Lua de apenas 30 minutos.
Uma das teorias dos cientistas é que estes “mísseis” poderiam ter sido lançados por um grupo desconhecido de estrelas, que orbitam uma gigante vermelha, como uma espécie de “chuva estelar”, que ocorreu a cada oito anos e meio durante os últimos quatro séculos.
De acordo com essa mesma teoria, o grupo de estrelas absorveu energia da V Hydrae para formar esferas que, posteriormente, foram lançadas para o Espaço.
Este fenômeno poderia explicar a enorme quantidade de esferas brilhantes que anda ao redor de estrelas em extinção, observadas pelo Hubble desde o início de sua operação, em 1990.
Ciberia / RT