Ambientalistas descobriram duas girafas brancas no norte do Quênia. A mãe e o filhote foram filmados por guardas florestais para o Programa de Conservação Hirola (HCP), enquanto caminhavam calmamente.
A mãe e o filhote avistados no norte do Quênia, que surpreenderam a comunidade científica por serem completamente brancas, têm leucismo, a mesma condição já identificada em um tigre recentemente descoberto na Índia, e que se caracteriza pela ausência total de pigmentação na pele.
Diferente do albinismo, a condição genética ocorre devido a níveis reduzidos de diferentes pigmentos nas células da pele. Curiosamente, a girafa bebê ainda apresenta traços proeminentes que parecem desaparecer, enquanto a pele da mãe está completamente branca.
A área onde as duas girafas foram avistadas é gerida pelo Programa de Conservação de Hitola, uma organização não governamental (ONG) dedicada à preservação do antílope hirola, uma das espécies mais raras do mundo.
Os conservacionistas ouviram os habitantes locais falando pela primeira vez sobre as girafas brancas e se apressaram a observar os animais. O vídeo mostra a mãe de um lado para o outro, com o filhote aparecendo em segundo plano.
O ritmo da mãe é um sinal de aviso para que o filho se esconda nos arbustos. Este é um comportamento característico das mães para proteger os filhos na natureza.
O aparecimento de girafas brancas na área é algo bastante novo. O Programa de Conservação Hirola explicou que este é o terceiro avistamento que se tem registro. Os outros dois aconteceram no Quênia e na Tanzânia.
Esta é a primeira vez, no entanto, que uma girafa branca foi filmada. Com os avistamentos se tornando cada vez mais comuns na área, os membros da comunidade se preocupam em relatar cada ocorrência.
As girafas reticuladas são descritas como “vulneráveis” pela União Internacional de Conservação da Natureza e há apenas cerca de 8.500 animais desta espécie no mundo. São encontradas na Somália, no sul da Etiópia e no norte do Quênia.