Uma ideia, que fez dois jovens brasileiros ganharem a Olimpíada Internacional de Tecnologia e Inovação, conquista pela primeira vez o título para o Brasil. Melhorar a mobilidade unindo internet ao transporte público.
Fábien Giovanni de Oliveira, de 22 anos, estudante do 4º ano de Engenharia de Controle e Automação da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), e Renato Rodrigues, de 27 anos, mestrando em Estratégia e Inovação em Engenharia de Produção na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) ainda levaram um prêmio de 5 mil francos suíços.
A competição foi realizada no Idiap Research Institute, em Martigny, na Suíça.
Eles desenvolveram o “Milênio Bus”, projeto que integra a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) com o transporte público por meio de um hardware e um aplicativo de celular. “O objetivo é trabalhar com pagamentos digitais, informações ao passageiro e geração de dados com Big Data”, explica Fábien em declarações à revista Galileu.
A competição durou três semanas e, nesse período, os jovens assistiram à aulas de negócios e venture capital, por exemplo, com professores e especialistas. Eles tiveram de usar esse tempo para aprimorar o projeto para que ele pudesse se tornar uma startup com potencial de aplicação no mercado.
Ao todo, 40 pessoas participaram da disputa, sendo que elas foram divididas em sete equipes. No dia de encerramento da olimpíada, os grupos tiveram que se apresentar por quatro horas para uma banca de avaliadores e investidores. “A gente gravava os feedbacks dos jurados no celular e escutava várias vezes no quarto até entender o que eles estavam falando”, revela Renato.
“O brasileiro é um povo bem criativo, temos que valorizar nossa resiliência”, completa.
O processo de seleção foi criterioso e, no final, apenas 40 selecionados do mundo todo se reuniram em um grupo do LinkedIn que se dividiu e encaminhou um plano de negócios e um vídeo sobre a proposta de projeto.
Experiência
Oliveira e Rodrigues se conhecerem em dezembro de 2016, quando participaram de uma Hackathon — maratona de programação — em Campinas, no interior paulista. “Percebi um grande potencial em Renato e ele também percebeu o mesmo de mim, e foi então que resolvemos formar uma equipe”, comenta Oliveira.
Vencer a olimpíada não foi o passo final. Os estudantes pretendem continuar trabalhando para melhorar a educação e vida da sociedade. Em relação ao “Milênio Bus”, os dois vão se organizar para aprimorá-lo.
“Estou com planos de desenvolver um projeto bem legal na área de tecnologia, inicialmente em minha cidade natal, Ouro Fino (MG). Aguardem por novas informações, será uma surpresa muito legal para todos“, conclui.
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