As reservas de oxigênio do submarino argentino ARA San Juan estão prestes a se esgotar. As buscas se intensificaram nas últimas horas, com o aparecimento de uma possível pista do submarino desaparecido há uma semana no Atlântico Sul.
ARA San Juan
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A Marinha argentina afirma que as operações de resgate vão continuar até encontrarem o submarino. No entanto, o porta-voz Enrique Balbi, em seu último comunicado, alerta que a situação é realmente preocupante e que as buscas chegaram a uma “fase crítica”.
Na passada segunda-feira (20), uma porta-voz da Marinha confirmou que o submarino tinha reservas de oxigênio suficientes para uma semana. No entanto, o último contato com a embarcação ocorreu na quarta-feira passada, o que significa que o oxigênio poderia estar perto do fim.
Embora os submarinos da classe do San Juan possam passar um mês inteiro no mar, não significa que a embarcação seja capaz de ficar 30 dias submersa. À CNN, o ex-mergulhador da Marinha dos EUA, William Craig Reed, explicou que “tudo depende da última vez que as baterias foram carregadas e de quanto tempo se passou até que o oxigênio tenha sido renovado”.
Entretanto, foi detectado um ponto de calor, que pode estar relacionado com a presença de um objeto metálico a 70 metros de profundidade e a cerca de 300 quilômetros da costa argentina, segundo o El Confidencial. As autoridades intensificaram as buscas no sentido de entender se o objeto metálico é, de fato, o submarino desaparecido.
Neste momento, são 12 os países que ajudam nas buscas: Colômbia, Chile, Peru, Brasil e Uruguai aos quais se juntaram Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Alemanha Noruega e Itália. Entre os operacionais estão mais de 4 mil pessoas que se encontram nos navios, aeronaves e pontos estratégicos em terra.
De acordo com o Observador, a Espanha enviou contentores selados, com um alcance de até 600 metros de profundidade, cujo propósito é fornecer precisamente oxigênio e alimentos a submarinos que se encontrem no fundo do mar.
Na quarta, o submarino emitiu seus últimos sinais, quando saía de Ushuaia em direção a Mar del Plata, em Buenos Aires. Os esforços estão concentrados nesta área e espera-se que as condições climáticas sejam favoráveis.
Até agora, todos os objetos encontrados não têm qualquer relação com o submarino e nem os ruídos identificados no Atlântico Sul não correspondem à embarcação.
Antes da última comunicação, o ARA San Juan reportou uma avaria, mas sem alertas. Ao que tudo indica, o submarino teria tido um problema com as baterias, mas neste momento ainda não há certezas.
Ciberia // ZAP