Há um mês, tudo o que ouvíamos era que o Twitter seria comprado a qualquer momento. Tudo bem, não foi a primeira vez que a rede social foi alvo desse tipo de especulação, mas tudo indicava que agora ia, mas não foi.
Gigantes da tecnologia como Google, Salesforce, Microsoft e Apple digladiavam entre si e com a Disney, apresentando proposta atrás de proposta. Agora, entretanto, não restou ninguém: todos abandonaram a mesa de negociações.
Por que? Em extensa reportagem nesta semana, a Bloomberg alega que foram os casos de abuso no Twitter e a má reputação que isso trouxe para a empresa que fizeram tanto a Disney quanto a Salesforce desistirem do negócio.
Ouvindo pessoas próximas do corpo executivo da Casa do Mickey, o referido portal diz que a empresa sequer chegou a conversar com bancos sobre uma possível aquisição como essa com medo que o comportamento sexista e racista dos usuários do Twitter de alguma forma manchasse a imagem dela.
O apresentador da CNBC Jim Cramer, por sua vez, relatou em seu programa Squawk on the Street que Marc Benioff, CEO da Salesforce, conversou pessoalmente com ele sobre a possível aquisição do site.
Tal qual a Disney, a empresa também estaria “muito preocupada” com todo o ódio presente nos perfis das pessoas e como isso influenciaria sua imagem. Além disso, as empresas também teriam demonstrado preocupações relacionadas à lucratividade de uma aquisição como essa.
Para a Disney, ter de desembolsar US$ 12 bilhões para adquirir a rede social acendeu o sinal de alerta de investidores, que acharam o valor alto demais e classificaram o retorno como incerto.
Agora, ao que tudo indica, o Twitter não conseguirá cumprir com seu plano de anunciar um comprador até o fim deste mês de outubro, quando deve apresentar seu relatório financeiro referente ao mais recente trimestre fiscal.
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