Um estudo recente comprovou que as mulheres são mais resistentes e têm maiores probabilidades de sobrevivência em períodos de fome e doenças do que os homens.
Um novo estudo, publicado nos Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), revela que as mulheres não só têm uma expectativa média de vida superior à dos homens como a vantagem se mantém mesmo em tempos de adversidades, como fome, epidemias ou escravidão.
No estudo, foram analisados os registros de mortalidade – que datam de há quase 250 anos – com dados de pessoas que morreram precocemente por fome, doença ou falta de condições. Em circunstâncias em que a mortalidade era alta para ambos os sexos, os pesquisadores descobriram que as mulheres viviam mais que o sexo masculino.
O estudo – liderado por Virgilia Zarulli, professora da Universidade do Sul da Dinamarca e pelo cientista James Vaupel, da Universidade de Duke, nos EUA – comprova que, em alguns casos, as mulheres viviam apenas alguns meses a mais que os homens, mas em outros viviam até quatro anos mais.
Os pesquisadores analisaram vários grupos de populações que passaram por períodos adversos e, segundo Zarulli, a diferença está na presença do duplo cromossomo X nas mulheres.
Esta “presença dupla” pode ser vantajosa para as mulheres ao evitar que sofram de doenças com origem em um dos cromossomas sexuais – que se manifestaria nos homens por só terem um cromossomo X e, no caso da mulher, é “abafado” pelos genes homólogos do outro cromossomo.
De acordo com o Público, a presença de estrogênio também ajuda a fortalecer o sistema imunológico da mulher contra doenças infecciosas e pode ter efeitos anti-inflamatórios. Pelo contrário, a testosterona pode estar associada a um maior risco de mortalidade em algumas doenças.
Já há muitos anos que se percebeu que as mulheres têm uma expectativa média de vida maior que a dos homens. No entanto, este estudo veio comprovar que, mesmo em situações complicadas, as mulheres vivem mais, sendo mais resistentes.
Além disso, as conclusões do estudo revelam que as “campeãs da expectativa de vida” vivem mais tanto por influência de fatores sociais, mas também por culpa dos fatores biológicos.
Ciberia // ZAP