Uma brasileira virou destaque internacional com projeto que substitui animais por pele 3D, em testes para desenvolver cosméticos. Carolina Motter Catarino, de 28 anos, é Doutoranda no Instituto Politécnico Rensselaer, em Troy, no estado de Nova York.
Ela trabalha no desenvolvimento de modelos de pele humana usando a tecnologia de impressão 3D. A pesquisa, uma das pioneiras na área, é uma chance de acabar com uso de animais em testes de laboratórios.
Em novembro do ano passado, o projeto de Carolina virou destaque internacional. Ela venceu o prêmio Jovem Pesquisador, na categoria Américas, concedido pela Lush – fabricante e revendedora de cosméticos artesanais.
Essa foi a maior premiação que Carolina já recebeu, mas não foi a única. “Como cientista, tenho a responsabilidade de usar os melhores recursos para criar alternativas. Como ser humano, tenho todas as motivações para seguir em frente, lutando pelos meus objetivos”, afirma Carolina.
“O prêmio é concedido a jovens que trabalhem em projetos que têm como objetivo eliminar o uso de animais em testes de produtos químicos”, explica.
Os cerca de R$ 45 mil que recebeu, ela revela, devem ser investidos na pesquisa e na sua formação como cientista.
Depois do reconhecimento pelo estudo, a curitibana garante ter percebido que os brasileiros têm se importado, cada vez mais, com a proteção aos animais e com o desenvolvimento científico.
“Além de todos os argumentos científicos para não usar animais em testes cosméticos, para mim, é impossível conceber que criaturas tão cheias de amor, de inocência e de confiança sejam usadas pra tais fins”, acredita a curitibana Carolina.
A próxima etapa do projeto, conta Carolina, é aumentar a complexidade dos modelos através da inserção de células que possam originar a estrutura do folículo capilar. “É o meu grande objetivo”, diz.
Carolina pretende regressar ao Brasil e continuar trabalhando na melhoria dos modelos. Ao voltar para casa, ela quer contribuir o máximo no avanço do campo de pesquisa no país.
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