Mensagens extraterrestres podem acabar com a vida na Terra

pelosbriseno / Flickr

Radiotelescópios do Observatório Very Large Array (VLA) no Novo México, EUA.

Habitantes de outros planetas podem enviar mensagens “contaminadas” para “hackear” os meios de comunicações humanos, segundo adverte um estudo dos astrofísicos norte-americanos Michael Hippke e John Learned.

Os extraterrestres podem nem precisar de uma frota de poderosas naves de batalha interestelares para destruir o nosso planeta, adverte uma equipe de cientistas norte-americanos. Segundo Michael Hippke e John G. Learned, se a humanidade receber uma mensagem extraterrestre, a última coisa que deve fazer é… tentar ler ou decifrá-la.

O problema, notam os cientistas, é que a humanidade passou as últimas décadas não apenas a vasculhar os céus à procura de sinais de vida extraterrestre, como também a enviar para além do Sistema Solar mensagens de boas vindas a qualquer alien que nelas tropece.

Projetos como o SETI – Busca por Inteligência Extraterrestre, da NASA, têm como objetivo procurar vida em outros planetas através do uso de antenas e computadores avançados que analisam sinais eletromagnéticos de origem extraterrestre.

Mais ainda, os astrônomos do SETI criaram também o Messaging Extraterrestrial Intelligence (METI), e em setembro enviaram uma mensagem para o espaço, sob a forma de ondas de rádio, à espera que os ETs nos descubram – e decidam entrar em contato.

E isso, dizem os cientistas, pode ser um risco para a humanidade.

De acordo com o estudo de Hippke e John G. Learned, publicado este mês no repositório arXiv, os extraterrestres poderiam enviar mensagens com código malicioso e contaminar nossos sistemas de comunicação.

Para sustentar a tese, os cientistas citam várias mensagens registradas pelo projeto SETI. Em 2017, por exemplo, o cientista Rene Haller conseguiu decifrar um fluxo de 1.902.341 bits, tendo concluído que a informação recebida era apenas uma imagem normal em preto e branco.

De acordo com Hippke e Learned, esse tipo de sinal deveria ser analisado e decifrado em papel – caso em que uma mensagem extraterrestre não prejudicaria os sistemas informáticos do nosso planeta. Contudo, se tratar-se de um código mais complexo, não haverá forma de decifrá-lo sem recorrer a computadores.

Segundo os dois cientistas, projetos como o SETI e os computadores pessoais ligados a ele correm o risco de ser infectados por um “trojan” ou um “malware”, que poderia dar a um “hacker” à escala planetária acesso a dados pessoais e a sistemas operativos.

Mas tentar decifrar mensagens extraterrestres não é apenas um risco para os sistemas informáticos. O próprio conteúdo da mensagem pode colocar em perigo a humanidade. Por exemplo, dizem os cientistas, a mensagem pode conter uma ameaça do gênero “daqui a 24 horas vamos transformar o Sol em uma Supernova“, e lançar o caos na Terra.

Os cientistas argumentam ainda que seria muito difícil “descontaminar” as mensagens provenientes do espaço. Assim, “seremos confrontados com duas opções: destruir qualquer mensagem extraterrestre que chegue até nós, ou assumir o risco de ler seu conteúdo”, concluem os astrofísicos.

Já não bastava termos de decidir se abrimos ou não aquele e-mail de alguém que envia anexas “fotos do tempo maravilhoso que passamos no Caribe”?

Ciberia // Sputnik News / ZAP

COMPARTILHAR

DEIXE UM COMENTÁRIO:

Como é feito o café descafeinado? A bebida é realmente livre de cafeína?

O café é uma das bebidas mais populares do mundo, e seus altos níveis de cafeína estão entre os principais motivos. É um estimulante natural e muito popular que dá energia. No entanto, algumas pessoas preferem …

“Carros elétricos não são a solução para a transição energética”, diz pesquisador

Peter Norton, autor do livro “Autonorama”, questiona marketing das montadoras e a idealização da tecnologia. Em viagem ao Brasil para o lançamento de seu livro “Autonorama: uma história sobre carros inteligentes, ilusões tecnológicas e outras trapaças …

Método baseado em imagens de satélite se mostra eficaz no mapeamento de áreas agrícolas

Modelo criado no Inpe usa dados da missão Sentinel-2 – par de satélites lançado pela Agência Espacial Europeia para o monitoramento da vegetação, solos e áreas costeiras. Resultados da pesquisa podem subsidiar políticas agroambientais Usadas frequentemente …

Como o Brasil ajudou a criar o Estado de Israel

Ao presidir sessão da Assembleia Geral da ONU que culminou no acordo pela partilha da Palestina em dois Estados, Oswaldo Aranha precisou usar experiência política para aprovar resolução. O Brasil teve um importante papel no episódio …

O que são os 'círculos de fadas', formações em zonas áridas que ainda intrigam cientistas

Os membros da tribo himba, da Namíbia, contam há várias gerações que a forte respiração de um dragão deixou marcas sobre a terra. São marcas semicirculares, onde a vegetação nunca mais cresceu. Ficou apenas a terra …

Mosquitos modificados podem reduzir casos de dengue

Mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia podem estar associados a uma queda de 97% nas infecções de dengue em três cidade do vale de Aburra, na Colômbia, segundo o resultado de um estudo realizado pelo …

Chile, passado e presente, ainda deve às vítimas de violações de direitos humanos

50 anos após a ditadura chilena, ainda há questões de direitos humanos pendentes. No último 11 de setembro, durante a véspera do 50° aniversário do golpe de estado contra o presidente socialista Salvador Allende, milhares de …

Astrônomos da NASA revelam caraterísticas curiosas de sistema de exoplanetas

Os dados da missão do telescópio espacial Kepler continuam desvendando mistérios espaciais, com sete exoplanetas de um sistema estelar tendo órbitas diferentes dos que giram em torno do Sol. Cientistas identificaram sete planetas, todos eles suportando …

Em tempos de guerra, como lidar com o luto coletivo

As dores das guerras e de tantas tragédias chegam pelas TV, pelas janelinhas dos celulares, pela conversa do grupo, pelos gritos ou pelo silêncio diante do que é difícil assimilar e traduzir. Complicado de falar …

Pesquisa do Google pode resolver problemas complexos de matemática

O Google anunciou uma série de novidades para melhorar o uso educativo da busca por estudantes e professores. A ferramenta de pesquisa agora tem recursos nativos para resolver problemas mais complexos de matemática e física, inclusive …