O físico teórico Michio Kaku acredita que a humanidade ouvirá comunicações entre civilizações alienígenas ainda este século. Já as previsões de Jill Tarter, astrônoma da NASA, batem com essa ideia. Tarter acredita que a humanidade deve confirmar a existência de vida extraterrestre até 2100.
A astrônoma Jill Tarter é conhecida pelo trabalho desenvolvido no âmbito do SETI – o programa da NASA que procura por inteligência extraterrestre, ou “Search for Extraterrestrial Intelligence”.
O projeto reúne dados recolhidos por radiotelescópios de todo o mundo com o objetivo de detectar sinais que não são emitidos naturalmente no espaço, indicando que seriam, portanto, criados por alguma civilização alienígena tecnologicamente evoluída.
O nome de Jil Tarter ficou popular fora do meio científico depois do lançamento do filme Contact, inspirado no livro homônimo de Carl Sagan. Na trama, a atriz Jodie Foster interpreta uma cientista do SETI que, de certa forma, retrata Jill Tarter na telona, ainda que com outro nome.
No último domingo, Jill Tarter falou sobre sua busca por extraterrestres em um evento realizado na Flórida, nos Estados Unidos.
Ali, além de revelar a previsão para o aguardado momento da descoberta de existência de vida fora da Terra através de ondas de rádio pelo SETI, a astrônoma disse que, também nas próximas décadas, a humanidade acabará comprovando que há vida, sim, em outros lugares do espaço.
Mas, diz a astrônoma, aqui no Sistema Solar não é esperada a descoberta de seres extremamente evoluídos, sendo mais provável a existência de vida microbiana em luas dos gigantes gasosos.
Tarter ressalta também que há mais planetas do que estrelas na Via Láctea, fato que tem sido comprovado pelas descobertas do telescópio espacial Kepler nos últimos anos.
Assim sendo, fica reduzida ainda mais a ideia de que a vida teria origem apenas na Terra, reforçando o conceito de que não acreditar em inteligência extraterrestre é ir contra as probabilidades.
Jill Tarter tem na agenda pelo menos outras 75 palestras a respeito da procura por alienígenas de maneira científica, ajudando, ainda, a arrecadar fundos para o projeto Alien Telescope Array, atualmente em construção na Califórnia.
Também conhecido como “O telescópio de 1 hectare“, o projeto é uma criação do SETI com o Laboratório de Radioastronomia da Universidade da Califórnia, em Berkeley, com a intenção de ampliar ainda mais esse tipo de procura.